Caro Brazílio,
Que fantástico receber notícias suas, sempre com ares jocosos! Que me contas de Belmopan?
O fato é que aqui a rima não mais mina...
Roterdão foi parte da minha inspiração
Quem sabe na remoção
Não brote novamente a tentação
De buscar na literatura essa deliciosa emoção!
Agora que Roterdão me deixou em paz
Uso meu faro sagaz para de outro Posto ir atrás
Incansável que sou, talvez, quem sabe, Moscou
Inexperiente como estou, quem sabe Cotonou?
Não seria melhor Cantão? Ou quiça Assunção?
Na dúvida, cá pra nós, sonharia com flores belas
Em Berna, Berlim ou Bruxelas...
Brazílio, querido, saio desse idílio
Pois o que quero, sem lero-lero, è vero
É encontrar o Posto que não me dê desgosto
Que sorrisos traga ao meu rosto
E, quem sabe, até um belo moço!
Forte abraço. |
