Usina de Letras
Usina de Letras
131 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62225 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22536)

Discursos (3238)

Ensaios - (10364)

Erótico (13569)

Frases (50620)

Humor (20031)

Infantil (5431)

Infanto Juvenil (4767)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140803)

Redação (3305)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6190)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->onde aparecem as sereias -- 04/12/2001 - 20:41 (Rosane Volpatto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ONDE APARECEM AS SEREIAS

Era meia-noite de 31 de dezembro de 2000, limiar de ano novo. A praia de Copacabana estava coalhada de gente. Eram grandes os preparativos para virada de milênio. Á beira da praia era disputada por pessoas que depositavam no mar pequenos objetos, tais como pentes, vidros de perfume, colares e flores. Alguém ao meu lado, quis saber a razão daquela atitude, o motivo daquela legítima festa pagã e uma mulher que se encontrava ao meu lado explicou que se tratava de uma homenagem ãs divindades do Mar, às sereias....
- "Sereias? Como são elas?" - quis saber o homem curioso.
- "Não sei, nunca as vi. Mas sei que existem" - foi a resposta da senhora, num tom que denotava aborrecimento.
A alguns passos eu observava a cena. Ouvindo mencionar "sereias" meu pensamento revoou para muito longe, varou distâncias e entrou no túnel do tempo chegando a Grécia Antiga, onde também eram homenageadas as sereias, onde se ofereciam presentes a Poséidon, ou Netuno e a outros arquétipos criados pela fértil imaginação grega.
Sim pensei na Mitologia Grega, ou seja na história fabulosa dos deuses e deusas, semideuses e heróis de guerra. Pensei na civilização grega ou helênica, de que é filha a nossa civilização latina, nos muitos costumes que dela somos herdeiros e nos atos que continuamos a praticar inconscientes da nossa verdadeira origem.

Nossa querida Grécia situa-se numa região extraordinariamente montanhosa, à Sudoeste da Europa, na extremidade meridional da Península Balcânica, repleta de golfos e ilhas, serpenteada por uma infinidade de ilhas. A Grécia possui um clima ameno e agradável que sempre convidou à vida livre, aos banhos e aos exercícios físicos. Lá o céu é azul cristalino, o ar é límpido e leve, as noites são doces e mágicas. Por isso seu povo era especial.
Dividida em pequenos-reinos ou "cidades-estado", como era conhecido, a Grécia Antiga, foi primitivamente, uma nação de pastores e agricultores. Com o passar do tempo, foram assimilando conhecimentos trazidos por outros povos , aprendendo a arte da navegação e outras artes de maior elevação cultural, surgindo, então, artistas maravilhosos e grandes filósofos.
O período de maior esplendor da civilização grega aconteceu entre os séculos VI e IV antes de Jesus Cristo. É neste lapso de tempo que se deu, de improviso, a revelação do Gênio Grego. Fala-se aqui de um milagre grego ao se constatar a maturidade repentina da cultura helênica.
O povo grego era caracterizado pela profusão de deuses que criou e adorou. Além de uma série de deuses principais, comuns a todos, cada cidade, cada pequeno reino, tinha as suas divindades particulares e seus deuses familiares. Tamanha era a profusão de deuses, aliás, fez com que um dos maiores poetas gregos, Homero, afirmasse que na Grécia havia mais deuses do que homens.
Os deuses gregos, entretanto, se diferenciavam dos deuses de outros povos, por serem alegres, festivos, comunicavam-se com os mortais e tinham a forma humana. Freqüentemente desciam do Olimpo e vinham compartilhar das alegrias, das guerras, das atribulações dos homens, aos quais muitos deles gostavam de pregar boas peças..
Os gregos tinham na família a sede de sua organização social. O "pai de família", o seu membro mais velho, era o chefe, o patriarca, obedecido por todos: esposa, filhos, genros, noras, netos e até bisnetos, pois todos viviam sob o mesmo teto.
Sua palavra era LEI e cabia-lhe realizar oferendas aos ancestrais que protegiam a casa, apresentando-lhes, diante da lareira, ou altar, as libações, ou seja, os presentes constituídos, quase sempre, por bolos feitos de mel e de trigo.
Nada se fazia sem prévia invocação dos deuses protetores, sem lhes oferecer presentes para conquistar-lhes a boa vontade. Mas além deste culto familiar existia a religião oficial, a religião do Estado, os grandes deuses, enfim, que habitam o Olimpo, região no fim da terra, o seu céu e que dominavam as nuvens onde se deixavam ficar quando não desciam ao Mundo Material Terra para misturar-se com os homens. A esses deuses ofereciam-se magníficas festas, em lugares diferentes e não menos imponentes sacrifícios.
Ficava no Delfos o mais importante oráculo. Uma pitonisa, profetisa de Apolo, era o instrumento de que se servia o deus para falar com os homens. Grandes solenidades acompanhavam a consulta de Delfos. Três dias antes da consulta, a pedido de uma pessoa, a pitonisa jejuava e banhava-se na fonte Castália, onde também deveriam banhar-se os consulentes. Depois de sacrificar animais no altar de Apolo, cuja estátua, em ouro, ali se erguia, a pitonisa caía em transe (estado alterado de consciência), do qual emergia para queimar folhas de louro e cevada no fogo do altar, se os presságios eram favoráveis. Fazia então, uma porção de gestos, dava gritos, murmurava palavras pouco compreendidas. Um "profeta" traduzia tais gestos e palavras, pois caso contrário, seria impossível entender a linguagem dos deuses.
Havia, ainda, os deuses secundários, od deuses particulares de cada cidade e os semideuses ou heróis, também reverenciados, também possuidores de estátuas ou de bustos diante dos quais faziam oferendas.
Muito alegre este povo grego! Suas festas religiosas eram sempre carregadas de alegria, cantos e danças. A natureza tão bela e exuberante, aliás, não permitia tristezas. Não era possível ser triste em meio a rebnhos que pastavam tranqüilamente nas altas montanhas, em meio a imensas plantaçòes de vinha, trigo, de oliveiras, que cresciam num cenário pontilhado de cipreste e pinheiros altaneiros. Um verdadeiro paraiso!
Homero tinha razão. Era um nunca acabar de deuses nas doces terra da Grécia.

AMOR E LUZ!


            

 
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui