Tim Burton o diretor do filme”Peixe Grande” é um gênio, criou o seu próprio estilo, não faz filmes para o grande publico, ou pelo menos tenta e seu sucesso não é medido em números de espectadores nem pelo faturamento, é medido pelo seu talento.
Em “Peixe Grande” ele coloca um pouco da sua concepção visual no filme que conta uma história fantasiosa onde realidade e ficção se misturam, onde um filho se reconcilia com o pai, uma história bem sentimental, saindo um pouco do estilo de Burtom, talvez porque não tenha sido ele que tenha escrito o roteiro do filme.
Alem da relação de filho com pai e de outras relações, ele pinta o amor eterno em cores vivas e fortes, é um filme essencialmente romântico, daqueles para ver com uma namorada ou esposa e não com uma paquera ou tentativa de conquista, não que filmes românticos excluam essas possibilidades, mas é que o filme exige uma certa dose de intimidade com alguém ao seu lado caso você chore no fim do filme.
Vi muita gente sair do cinema antes do fim e desconfio que é aquela coisa de filmes que uns amam e outros odeiam e eu estou no primeiro grupo, talvez porque eu goste de coisas sentimentais, quando me fizeram isso estava na receita do meu DNA não tem jeito.
Ewan McGregor está muito bem no papel, simpatizo muito com ele desde Moulin Rouge e fico sempre com a impressão que ele vai cantar uma daquelas belas canções a qualquer momento, no entanto ele tem uma boa atuação nesse mundo fantástico de gigantes, gêmeas unidas pela cintura, árvores homicidas ou aranhas perigosas e circos maravilhosos, o filme tem algo de uma ingenuidade que me fascinou desde o inicio, não aquela ingenuidade que permite que as pessoas nos enganem e nos passem para trás, mas naquela onde ainda sonhamos e acreditamos que esses sonhos possam se tornar realidade, onde ainda podemos acreditar que tudo é possível.
O filme, as pipocas e as lágrimas valeram a pena.
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