Teus gestos incertos.
Tua imagem apaixonadamente
lúcida, perfeita
expõe-me
a fortuna, qual perdi
ante pressentimentos
dados ao tempo.
Recusei,
exilando tuas pegadas
que desfeitas
ocuparam-me os sonhos
com a nudez do silêncio.
Por toda terra,
por toda existência
metrifiquei-te em distância
corpórea,
ousando viver,
com importância,
hipertrofiando as ânsias
postas e gêmeas
desta expiação
em eloquências
de pura obrigação
profusa,
angustiante.
Francisco Élan (27/01/2002)
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