Os fumantes, na maioria, se sentem muito injustiçados, e muitas vezes podem até estar sendo sinceros. Isso ocorre porque na realidade não percebem a repugnância que causam à maioria da população. Alguns, entretanto, chegam a comportar com uma irracionalidade extrema, que denotam um cérebro danificado. Mas, se ouvissem os ex-fumantes, poderiam entender a razão do tratamento que recebem.



Alguns fumantes sentem mais ou menos assim:



“Tendo o pessoal da minha geração vivido feliz e contente a enrolar seu cigarrito, enviando para o firmamento umas deliciosas fumaradas, logo tinha de aparecer uma cambada de marmanjos amaricados, incapazes de conviver com o despreocupado prazer da felicidade alheia, para proíbir o uso do tabaco em restaurantes, cafés, hospitais, combóios, aviões e mais um ror de sítios onde uma cigarrada cai bem a valer” (Torre da Guia, “Os não fumadores poderiam ser milionários !...”).



Só mesmo alguns ex-fumantes poderiam lançar uma luz no caminho dessas pessoas.



Uma fumante que decidiu abandonar o vício diante dos pedidos de seu pequeno filho que temia pela sua morte e lhe dizia que não queria perdê-la, depois de aproximadamente um ano sem nicotina, disse-nos:



“Quando chego perto de um fumante, fico horrorizada ao sentir o tanto que eu fedia e não percebia”.



Aí está o mistério que intriga os fumantes: não percebem o mau cheiro que exalam, que constitui a causa da aversão das outras pessoas.



Todavia, alguns chegam a agir com certa irracionalidade que denota perda de neurônios, como vemos abaixo:



“O antitabagismo é um tipo de loucura que se manifesta nos ignorantes como atos de fanatismo e insolência grosseira, e como argumentação falaciosa nas pessoas de maior instrução. Em todo caso, é uma perda da razão. Dar fé à intensa propaganda antitabagista de entidades como a OMS é outro sinal de loucura”(Eduardo Cândido, “Antitabagismo e Demência”).



Um pouco adiante, chegou a essas incríveis palavras: “O antitabagista escravo é o pior de todos, pois ele não é esporádico como o primeiro ou ignóbil como o segundo: ele é ativo e maléfico, produzindo males infinitamente maiores que os eventuais malefícios do tabaco”.



Essa pessoa parece pensar que um órgão internacional criado para orientar o mundo no caminho saudável, que trabalha com estatísticas e análises científicas, tenha por finalidade enganar o povo.



Diante de tal posição estulta, alguém endereçou um texto a esse indivíduo, mostrando muitos fatos que atestam a letalidade do vício, perguntando “NÃO ACEITA AS FONTES CIENTÍFICAS? E AS HISTÓRICAS? ...” O toxicólatra silenciou diante do texto, embora continue a lançar sua ira contra os que lutam por um ambiente público mais limpo.



Analisando o currículo o referido fumante, encontrei a seguinte informação: “É bacharel em ciências contábeis, porém odeia profundamente a contabilidade”. Ele não disse, mas provavelmente esteja exercendo por anos essa odiada profissão, o que o torna assim tão revoltado e incapaz de perceber o mal que causa às pessoas.



E não é muito incomum encontrarmos pessoas com esse perfil psicológico. Mas, levando em conta a lógica, não podemos nos assustar com tais aberrações psíquicas. Uma pessoa que dá muito pouco valor à própria vida, não poderíamos esperar muito que tivesse respeito pelas dos outros e pelo bem-estar alheio. Entregar-se a um hábito que causa repulsa à grande maioria da população e lutar raivosamente para garantir direito de perturbar os outros é uma atitude que parece condizer com qualquer outra loucura. Que o olfato degradado deles seja incapaz de detectar o quanto cheiram mal, é perfeitamente compreensível. Mas é incrível como não tomam conhecimento de outras fontes.

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