Usina de Letras
Usina de Letras
60 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62244 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10450)

Cronicas (22538)

Discursos (3239)

Ensaios - (10372)

Erótico (13571)

Frases (50641)

Humor (20033)

Infantil (5441)

Infanto Juvenil (4770)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140812)

Redação (3308)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6199)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->O LOUCO -- 09/03/2004 - 14:24 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Houve um tempo, que não vai muito longe, lá em Tupinambica das Linhas, (trecho do universo conhecido, no mundo inteiro, como o local do Brasil que concentrava a maior quantidade de doentes mentais, jamais concebida), que as pessoas, ocultas se agrediam mutuamente, xingando-se de loucos uns aos outros.

Em Tupinambica das Linhas imperava a vigência do pensamento mágico, e a prática nefasta de dissociar as causas dos seus efeitos, produzindo nas pessoas, dificuldades para compreender as ocorrências sociais, políticas, econômicas e liga-las às suas vidas.

Esse processo interessava sobremaneira aos obscurantistas, na sua grande maioria formados na ESXLQ – Escola Superior de Xavecadas Limitadoras e Quengadas, que há muitos anos dominavam a política e as formas de produção do trecho.

O doutor Brady Kardia era o psiquiatra mais rico, destacado e famoso, já naquele tempo, em que o Pelé marcara o seu milésimo gol. Ele associara-se a alguns elementos da seita maligna denominada PAVÃO DO VIEGAS PRETO, que por meio de envenenamentos, difamações e o completo domínio da opinião pública, enchia seu manicômio com os infelizes otários crédulos nas suas teorias.

Brady Kardia era sócio duma fábrica de pinga responsável pela oferta do produto na cidade e região. Sua cunhada era gerente do posto federal incumbida da concessão dos benefícios sociais aos incautos, tornados incapazes, devido ao alcoolismo e suas decorrências.

Então, Brady e sua corriola, ganhavam dinheiro enchendo o povo de pinga e, quando muitos se tornavam incapazes, adoecendo, lucravam também muita grana com as internações pagas pelo poder público.

Em certa ocasião ele tivera destaque e ficara conhecido por querer introduzir elementos concretos no SUS. Muitos diziam que ele, coitado, era um incompreendido.

Brady ensinava a simpatia para fazer com que os cachorros latissem na presença de quem não gostavam: quando o arreliado se apresentasse pela redondeza e surgisse diante do cachorro, um apito agudo, às ocultas, era soprado irritando os ouvidos do animal.

Brady Kardia tinha, no seu grupo, algumas pessoas que usando gazuas, entravam sorrateiros, na casa dos outros observando a disposição das coisas, fotografando e até filmando tudo. Deixavam o sujeito tantã, quando com insinuações maldosas, descreviam os objetos e o local violado.

Devido aos desvios das verbas que lhe mandavam o governo federal, estadual e municipal, o manicômio de Brady fechava as contas em vermelho, até o momento em que a única saída foi o pedido de falência.

Os escombros do nosocômio e todas as suas dívidas, foram oferecidos à prefeitura.

O que poucos souberam foram as torturas que se praticavam ali dentro. Pacientes eram amarrados às camas tendo nas veias agulhas conducentes dos líquidos, daqueles recipientes, onde normalmente colocavam soro. Tudo seria corriqueiro se ao invés da medicação, os enfermeiros não colocassem urina antes colhida de outros pacientes.

Tais práticas induziram dezenas de infelizes ao suicídio, depois de ouvirem durante horas e horas a palavra louco, amarrados à cama e envenenados com os fluídos deletérios e remédios deteriorados.

Os que não se mataram cometeram o homicídio, causando enorme onda de terror entre as testemunhas que, sem saber no que se apegar, ou em como explicar os fenômenos, mostravam-se cada vez mais obedientes aos comandos dos diretores da crença maligna.

Esses eram pois, os benefícios e a justiça dos seguidores da seita perniciosa do PAVÃO DO VIEGAS PRETO.







Leia mais trabalhos do escritor nos sites

www.anjosdeprata.com.br

www.usinadeletras.com.br

e-mail: benjaminconstant@.com.br



Se você gostou deste texto, colabore com qualquer importância depositando-a na conta 01-012.782-7 da agência 0016-7 do Banco Nossa Caixa S.A. para que mais e mais pessoas possam se divertir.























Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui