Ela enfiava a colher na tijelinha de ambrosia
E levava à boca bocados da guloseima.
Um pouco do líquido leitoso
Escorria dos seus lábios vermelhos.
Queria aquelas mãos percorrendo meu corpo
Aqueles dedos entrando na minha boca.
Queria aquela boca se abrindo como flor
Pronta para receber a minha.
Enquanto ela tomava sua doce iguaria
Eu discorria sobre versos, inspiração e poesia.
Seus dedos, ah, seus dedos enfiados em anéis!
E seus olhos atrás das lentes dos óculos!
Adorava seu ar de intelectual.
Ela falava pouco e pouco me olhava.
Mas eu a engolia com os olhos
Aos bocados, como ela fazia com o doce.
De quando em quando limpava os lábios
E eu podia ver a ponta da sua língua
Que passava entre os dentes,
Sobre os lábios doces e umedecidos.
Falei da dificuldade de escrever
E de crise política e econômica.
As vezes ela me encarava e eu nesses momentos
Tinha vontade de me atirar sobre a mesa
E abraçar seu corpo que eu desejava tanto.
Seus seios eu os imaginava sob a blusa
Com os biquinhos apontando marotos...
E suas coxas então, sob o tampo da mesa,
Sabia que saiam de sua saia torneadas
Queimadas, gostosas, apetitosas.
Seu sorriso me deixava encabulado
Pois parecia que me dissecava,
Uma lâmina branca de fino gume
Que abria em mim vales profundos.
Fui dormir aquela noite
Regado a ambrosia e desejos.
Ela enfiava a colher na tijelinha de ambrosia
E levava à boca bocados da guloseima.
Um pouco do líquido leitoso
Escorria dos seus lábios vermelhos.
Queria aquelas mãos percorrendo meu corpo
Aqueles dedos entrando na minha boca.
Queria aquela boca se abrindo como flor
Pronta para receber a minha.
Enquanto ela tomava sua doce iguaria
Eu discorria sobre versos, inspiração e poesia.
Seus dedos, ah, seus dedos enfiados em anéis!
E seus olhos atrás das lentes dos óculos!
Adorava seu ar de intelectual.
Ela falava pouco e pouco me olhava.
Mas eu a engolia com os olhos
Aos bocados, como ela fazia com o doce.
De quando em quando limpava os lábios
E eu podia ver a ponta da sua língua
Que passava entre os dentes,
Sobre os lábios doces e umedecidos.
Falei da dificuldade de escrever
E de crise política e econômica.
As vezes ela me encarava e eu nesses momentos
Tinha vontade de me atirar sobre a mesa
E abraçar seu corpo que eu desejava tanto.
Seus seios eu os imaginava sob a blusa
Com os biquinhos apontando marotos...
E suas coxas então, sob o tampo da mesa,
Sabia que saiam de sua saia torneadas
Queimadas, gostosas, apetitosas.
Seu sorriso me deixava encabulado
Pois parecia que me dissecava,
Uma lâmina branca de fino gume
Que abria em mim vales profundos.
Fui dormir aquela noite
Regado a ambrosia e desejos.