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Artigos-->A dança dos índices -- 11/03/2004 - 15:26 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A DANÇA DOS ÍNDICES



Nivaldo Cordeiro

S. Paulo, 10/03/2004



A divulgação, ontem, da variação do IGP-DI de fevereiro, estimado em 1,08%, surpreendeu alguns analistas. Essa súbita elevação contraria o desempenho do IPC, cuja pequena deflação havia sido anunciada na segunda-feira, impondo a necessidade de reflexão sobre o comportamento futuro dos preços.



O IGP_DI reflete sobretudo o comportamento dos preços no atacado, enquanto que o IPC reflete o comportamento dos preços nos pontos de varejo. Assim, podemos afirmar com alguma segurança que há uma “gravidez” inflacionária a ser parida no futuro imediato no balcão do varejo.



Espantou-me o comportamento de alguns órgãos de imprensa e de alguns analistas econômicos, que comemoraram a anunciada deflação em manchetes estampadas em letras garrafais, como se esse episódico momento fosse algo consistente. Infelizmente, para usar um bordão surrado, foi apenas um momento de calmaria antes da tempestade.



Quem tem acompanhado os meus artigos desde o final do ano passado sabe que expus a minha preocupação com a inflação e o meu prognóstico de que a mesma só poderia subir, em 2004, para além das previsões oficiais otimistas. Pelo menos três fatores importantes estavam (e ainda estão) a pressionar os índices de preços: 1- O efeito ainda não mensurado da nova Cofins; 2- A subida dos preços internacionais, com impacto nos itens importados; e 3- A subida dos preços, nos mercados internacionais, das mercadorias exportadas, que são parametrizadas em dólar no mercado interno.



Diante da inflação “importada” e da inflação “tributária”, a pressão nos índices de preços acontecerá a despeito da recessão que estamos vivendo e da política de taxa de juros praticada, não havendo muito o que as autoridades econômicas possam fazer sobre o fenômeno. Estamos diante de um fato da vida.



Essa situação pode ser agravada se houver alguma pressão “desenvolvimentista”, comprometendo os superávits na balança comercial e nos orçamentos públicos, no seu conceito “primário”. Uma eventual necessidade de uma desvalorização cambial, por menor que seja, pode trazer uma conseqüência nefasta para a formação dos preços.



Enfim, o problema com a aceleração da inflação está de volta. Quanto subirão os índices de preços em 2004? Não sei. Sei apenas que poderão sair do controle se o governo não tiver a devida firmeza na condução das finanças públicas. Lula está proibido de piscar. Infelizmente, o seu partido, o PT, já piscou. É um mau sinal.



Nivaldo Cordeiro

www.nivaldocordeiro.org









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