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Artigos-->A CAUSA DO CAOS -- 15/03/2004 - 21:14 (THEKLA - THEOLOGICAL KEY BY LOGICAL ANALYSIS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A humanidade enfrenta inúmeros problemas, que parecem insolucionáveis, cujas causas são apontadas como sendo fatores os mais opostos, como, por exemplo, A RELIGIÃO E O ATEÍSMO. As duas inconciliáveis posições, apresentadas atualmente, serão o foco do presente artigo.



"As definições da modernidade são abundantes, variadas e contraditórias. Quase todas elas, porém, coincidem em destacar a ínfima solidão do homem moderno perante um universo vazio de Deus e tão vasto quanto indiferente. A consciência dessa nova etapa da aventura humana se afirma durante o Iluminismo entre os membros da intelligentsia ocidental, democratizando-se ao longo do século19 – quando Nietzsche proclama "a morte de Deus" -, para finalmente mobilizar as "massas", no frenesi genocida do século 20, como para confirmar a opinião de Pascal de que, sem Deus, a natureza e a história são "um monstro e um caos"" (Hugo Estenssoro, Primeira Leitura, março/2004, pág. 89).



"ENQUANTO HOUVER RADICALISMO RELIGIOSO, DIFICILMENTE HAVERÁ PAZ NO MUNDO" (Físico e professor Marcelo Gleiser, em entrevista na TV Minas).



Aqui vemos duas posições diametralmente opostas: uma atribui o caos do mundo moderno ao materialismo que vem crescendo junto com os avanços científicos, e a outra o debita ao radicalismo religioso. Quem está com a razão? Com certeza há muita gente de ambos os lados. Mas ficará aqui a minha análise para consideração dos leitores.



Primeiramente, vale perguntar: quando na história o mundo humano não foi um caos? Na idade Média? Na Idade Clássica? Nos tempos dos homens das cavernas? Parece que o mundo nunca esteve próximo de um paraíso.



Parece-me que, apesar do terror existente, das corrupções, das guerras, das poluições, etc., ainda podemos considerar que estamos em um mundo bem melhor do que no passado.



Levando em conta a densidade demográfica atual, podemos dizer que temos bem menos guerra do que nos dias de Jesus de Nazaré, que teria dito que nos últimos dias haveria "nações contra nações".



Mas, deixando de lado as comparações, admitindo que realmente vivemos em um mundo caótico, vamos pensar em seus motivos:



O terrorismo que assombra o mundo atualmente é praticado em nome do que? Em nome de Deus. Os políticos que massacram os fracos em benefício dos poucos dominadores econômicos, ao que me consta, todos se dizem cristãos.



A Irlanda enfrenta uma interminável guerra civil por razão religiosa. Judeus e muçulmanos se arrebentam mutuamente em nome de Deus, Yavé ou Alá.



Por outro lado, os "direitos humanos", que não são tão respeitados mas ajudam bem, só tiveram campo adequado para surgirem quando a igreja cristã perdeu o domínio do mundo, e não se fala em direitos humanos em nenhum lugar onde há religião comandando o governo.



Imaginem se judeus e muçulmanos chegasse à conclusão de que Yavé e Alá são simples fantasias humanas, que nunca os protegeram de nada, e que eles são membros de uma mesma família, que deveriam amar uns aos outros em lugar de cultivar o ódio que os destrói. Não seriam um grande benefício para o mundo?



Se protestantes e católicos da Irlanda descobrissem que aquele messias previsto por Miquéias nunca existiu e que Jesus de Nazaré foi nada mais do que um dos diversos heróis que planejaram livrar seu povo do jugo romano, aquela guerra intracristã não teria razão de ser.



Não houvesse o pensamento radical religioso que, apesar dos tempos esclarecidos em que vivemos, ainda persiste, as torres do World Trade Center estariam de pé; talvez os americanos não tivessem sentido a necessidade de depor Saddam Hussein; a história parece que estaria tomando rumos bem diferentes.



Parece-me que razão assiste ao nosso físico Marcelo Gleiser. O caos se deve muito mais a deus do que à falta de deus.



Físico e professor Marcelo Gleiser





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