Vejo formas que nunca vi
cores, em jatos propelentes
curvas em graus onde se perde a imaginação
a linha do horizonte está torta
ponto único nesse mundo
onde piso há muita felicidade
o sol é quase um tirano
e a lua, sua amante, está no céu agora
é dia, faz calor
tanto calor que faz, derrete nosso ego
e deforma nosso instinto
a metamorfose da nossa mente
pequenos seres muito loucos de tudo dançam
loucos de alucinógenos que se espalha no ar
e dançam a dança num ritmo quase xamã
espalham sua graça em toda atmosfera
em cima daquele morro mora o medo
está aprisionado, desde alem
há muito tempo, guerreiros o prenderam
e hoje, nem mete medo
minha sombra agora quer conversar
junta-se meu reflexo para bater um papo
que mais que eu queria
uma prosa, dois dedos de prosa...
e escurece, e todos vão dormir
quem fica é o escuro
que se abstrai e agora verve
Flávio Takemoto
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