Discurso 01 de Outubro de 2005.
À Igreja Evangélica Cristã,
Inicio este discursos parafraseando o maior entre os maiores da filosofia, que diz:
“A vida vai ficando cada vez mais dura perto do topo.” (Friedrich Wilhelm Nietzsche)
“... A fé emocional é aquela que, no momento de dificuldades a vontade é de morrer..” ( Willians Padilha)
As multidões...Ah! Como me encantam... multidões, multidões – não há sentimento comparável aos sentimentos que as multidões conseguem causar.
Seja na grande “Assembléia” (Igreja), ou na platéia atenta às grandes óperas e concertos, a multidão possui o “poder” (ou virtude) da elevação triunfal, e, também da “décadence” (decadência, decadente) que causa a morte por instantâneo.
Sem temer o porvir, sempre fiz questão de entrar pelas portas, triunfal, triunfante,
– vitorioso – com luxo, suavidade e espanto!
Entrar pelas portas da frente é uma questão moral, ética, e acima de tudo de “verdade cristã”.
A “verdade cristã” é a confiança de se estar com um espírito liberto, sem vícios, ou flutuações morais ou intelectuais.
- Nunca entrei pelos fundos, jamais! -
Ovação; a massagem que alivia as tenções anti o terror do fracasso perante uma
platéia - as vezes inevitável -
Ser ovacionado - ou devo dizer, bem quisto, ou ainda, ter seu mérito conhecido e reconhecido, é para poucos, quase nenhum.
A ovação é uma vivência, um conjunto de ação e reação de causalidade e glória pessoal, que é também moral e intelectual, intransferível; que vem acompanhada de respeito, carinho, atenção e ansiedade.
Em tudo, afirmo não só o que sinto, mas também, o que vivencio, por onde passo.
Entrar pelas grandes portas é viver com medo, e, esbarrar quase sempre no desamor, na miséria dos “espíritos decadentes”, e andar em lugares sujos, e passar por lagos da inveja e do desprezo de “superiores falsificados” (líderes religiosos).
Entrar pelas grandes e “inauditas” (extraordinárias, maravilhosas, impressionantes) portas, também significa estar só, e se sentir só, ainda que as multidões te apertem; passar por estas portas, no meu caso, significa sete solidões, sete medos, sete silêncios, sete inspirações... Também significa ser incompreendido e algumas vezes rejeitado na Assembléia.
Tenho um medo terrível de um dia ser declarado “santo” (um santo homem de D’us): por isso escrevo; para se evitar que se cometam disparates contra mim; não quero ser santo!
Antes, prefiro ser declarado uma ameaça, que acompanha o espanto da enorme desesperança, na verdade, parece – me imprescindível dizer que suscitar o espanto seja minha preferência.
Assim me protejo sobre uma realidade qualquer e casual, conforme a verdade profunda e devastadora, estilo quem sou, na lei gravitacional das religiões, da literatura e da música clássica.
Relance!?
“Num relance surge..
Uma felicidade, uma alegria,
Emoção.
Foi o relance mais gostoso,
De mais gosto,
De mais sabor;
Também de longe,
Duradouro.
Como rosas
Nasceu,
Rapidamente cresceu,
Cresceu!
...e ...
No relance, deveria ter me dado mais,
ter vivido mais,
Deveria tê – la abraçado e a cheirado mais,
e, conversado, e, sorrido.
No relance, deveria ter trabalhado menos, e
parado, para escuta – la mais,
Deveria tê – la beijado...
mas como a linda rosa,
se foi.
Aos que ficam.
Saudades.
A esperança do retorno, talvez.
Somente se for pelas portas, e não pelos fundos da casa.
Aos que ficam: vigilância, atenção, cuidado, perseverança, fé, amor, oração, mais amor, compreensão, e força para caminhar, e não parar.
Aos que me ouvem (ou lêem)
Deixo os delírios e as deficiências de quem sou (e do que escrevo).
Deixo o decoro, defronte o deleite dos vossos olhos diante do saber e de vossas incursões; deixo, também, “minha competência”, para que mo julguem, conforme minhas atividades, ideologia, intelectualidade, filosofia e moralidade.
Deixo para que se coloque à prova, minha honradez e meu amor para com a Igreja; deixo minha posição pastoral, e minha ética como ministro, para que me julguem; coloco à prova as ministrações que ministrei e os atos que pratiquei.
No mais, que me espera, muito obrigado a todos.
-- Pr.Willians Padilha --
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