Usina de Letras
Usina de Letras
152 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62219 )

Cartas ( 21334)

Contos (13262)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10361)

Erótico (13569)

Frases (50610)

Humor (20031)

Infantil (5431)

Infanto Juvenil (4766)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140800)

Redação (3305)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6189)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Metonímia -- 24/04/2000 - 14:03 (Brenno Kenji Kaneyasu Maranhão) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Tentei gritar, não consegui

Minha voz, perdi

tantas eram as vozes que gritavam

dentro de mim.



Defronte a um espelho, meu rosto

procurei na massa disforme da minha face

E foi assim sério, com tal desgosto

que descobri, então, o meu disfarce



Não tinha um rosto, mas tantos rostos!

Embaralhados, tal como cacos

de vidro que, em mil pedaços,

ora sorriam, ora choravam.



Dentro de mim, todas as vozes

gritavam em coro. Oh, tantos coros!

E tantos rostos, quando choravam

eu bem sabia que me matavam!



Sim, eu morria, mas era um sonho!

Sim, eu morria, e o meu sonho

que, em pedaços, se contorcia,

com tantas vozes e tantos rostos,

também morria!



Mas era um sonho, somente um sonho!

Um sonho triste, tão moribundo

Tudo morria! Mas em tal sonho

nem nome eu tinha:

eu era o Mundo

que, então, morria...



Brenno Kenji

04.11.1999



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui