Se eu não fosse amarrado nesta coisa de ideologia poderia fazer como os funcionários públicos que votaram no companheiro Luís Inácio e cantar " entrei de gaiato no navio, entrei, entrei pelo cano...".
O fato é que votei e pagarei o preço. Ainda faltam três anos para o Fome Zero dar certo, recuperar os dez milhões de empregos eliminados pelos Fernandos e outras coisitas.
Mas temos que falar de outras coisas que não estavam no pacote eleitoral do companheiro Luís Inácio. Uma delas diz respeito à Previdência Social, um dos calcanhares de Aquiles de todos os presidentes.
Mais uma vez os contribuintes estão sendo convocados para cobrir o rombo da previdência. Os contribuintes empregados, fique bem claro. Ninguém fala em executar os patrões que fazem das receitas previdenciárias capital de giro lesando um sistema que foi muito bem bolado pelos ministros de Getúlio Vargas.
É muito simples. Sem moral para cobrar e trancafiar os empresários que desviam dinheiro da previdência, os governos preferem investir sobre os cidadãos que já estão acostumados a serem penalizados com as sobretaxações de produtos. Não foi diferente com os Fernandos.
Quando todos esperavam um governo com orientação social, já que tantos dos ministros de Lula passaram pela experiência operária, mais uma vez o governo atende às elites desfocando o problema central para conquistar votos de representantes dos empregadores em meia dúzia de reformas.
Será que o Congresso que elegemos representa o povo brasileiro? E se representa, qual é o percentual de representatividade? Por quê o poder judiciário não engaiola os fraudadores da previdência em todos os níveis.
Que diacho de texto. Só tem perguntas. Respostas decentes não consegue apresentar. O companheiro Luís Inácio vai repetir o governo das elites descompromissadas?
Que problema para fechar estas linhas. Não gostaria de cantar que entrei de gaiato no navio. Fiz campanha cantando " uma esperança". Prá valer.
