Rosália mulherão
De tesão os homens caiam e,
Quem diria, mulheres gemiam
Quando Rosália sorria.
Morena da perdição
Olhos verdes varriam
Sobre a boca carnuda e fria
Batom marrom e sainha
A bunda levantada em coração
Amor anunciava.
Sai da frente, lá vem traição.
O prefeito queria
Entrar em Rosália macia
Mamar como criança arredia
As altas tetas divinas
O Sr. José Eustáquio Queiroz
Prometeu casa e comida
Joinha pra Rosalinha
Besteiras de mulherzinha
Pra mulherão que queria
Coitado do Sr. Queiroz
Com a esposa nada queria
Mas só ver pernão da Rosália
Duro ficava
Até quando não podia
Ali, na festa de casamento da filha do prefeito,
Rosália entediada pulava
O buquê procurava, enquanto todos secavam
O tomara-que-caia da menina
Cobrindo vigor desejado
Rezavam baixinho:
“Promessa se cumpra, caia!”
Biquinho durinho surgia
Logo Rosália cobria
Acariciando o corpo nas mãos com olhos de mil homens
Mais uma vez duro ficava, coitado do Sr. Queiroz...
Alguns homens corriam
No banheiro e sonhavam
Ela nuinha: “só sua agora”.
Rosália ainda novinha
Da vida nada queria
Nem casa, comida e roupa
Isso ela já tinha
Só amorzinho pedia
Sussurros de “vagabunda”
Enquanto “canalha” gritava
Amazona cavalgando seu homem
Entre a lição de canto e flauta
Com João, filho de ninguém,
Sem lenço e sem documento e, por favor, não se esqueçam
Como ele mesmo dizia: “pedreiro dos bons”.
