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Humor-->Remeleka -- 26/03/2002 - 13:34 (clovis bevilacqua) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Remeleka



Monólogo humorístico, satirizando a

magnífica obra do grande mestre!

“Shakespeare”








Estrelando:
Clovis Bevilacqua











REMELEKA



Ser ou não ser? Eis a questão da dúvida.

No auge de minha loucura, atingi o clímax da dúvida.
O que seria do ser humano sem o papel higiênico?
Trancado em um frio e escuro calabouço, tive tempo suficiente para pensar na vida e perceber todo o teu valor. Oh! Necessário e virtuoso papel higiênico.
Virtudes tens, que até o mais nobre dos reis curvam-se a ti.
Vagando um pouco mais em minha loucura, imaginei-me em época de ranca* de amendoim, onde deparava-me com um banquete de derivados.
Louco por amendoim e tendo o olho maior que a cara, sem medidas e sem raciocínio entraria em total declínio de gula.
Horas mais tarde, sentindo uma tremenda ebulição estomacal (por simplesmente ainda não existir um anti-ácido) Caminhar então lentamente e de pernas cruzadas, suando frio e naquele momento, procurando o melhor lugar para desovar aquele destinto resíduo fecal.
Sem tempo para escolha, arriando as calças com grande fúria, soltando de uma só vez, tudo aquilo que levei horas para consumir.
Momentos depois da recuperação, voltando ao meu corpo, sentindo uma vontade imensa de limpar aquela borrenta meleca.
Fôlego tomado , recupero minha pressão. Começo a levantar-me lentamente e ainda com as calças arriadas, com aquele resíduo pastoso querendo transformar-se em estado sólido, preenchendo assim todo o vão de minhas nádegas.
Imaginei-me em câmara lenta até a mamoneira mais próxima, para apanhar algumas folhas para limpar aquele corpo estranho, que residia entre minhas pernas.
Que sufoco ! Que loucura !
Mas espere um pouco. Não consigo encontrar nenhuma mamoneira. Oh! E agora?
O nervosismo tomou conta de mim e no auge do desespero procuro algo similar. Apanharia sem querer uma folha de urtiga.
Pior seria se eu não tivesse percebido que repousando na folha havia uma singela taturana.
O desespero tomou conta de mim e comecei a imaginar coisas horríveis como por exemplo, olhar para o lado e ver uma folha seca marrom e no momento em que fosse apanha-la, ela abriria os olhos e daria um salto gritando, coach!
O pesadelo foi aumentando e logo imaginei uma violenta fúria vulcânica de uma cólica intestinal que faria com que eu não pensasse no durante nem no depois e recobrando os meus sentidos me daria conta de que estava em meio a uma plantação de cactos.
Achei que o cúmulo da imaginação teria fim. Enganei-me.
Por um instante achei que havia encontrado uma solução. Eu simplesmente usaria um jornal.
Mas com a voracidade de um furacão, o meu subconsciente levou a minha solução e trouxe a derradeira dúvida.
Imagine-se você se limpando com aquele papel extremamente duro e pouco maleável que com a pressão dos dedos o papel se romperia. Imagine onde iria parar os dedos.
Foi então que em um súbito tranco acordei e com um estrondoso grito evadiu-se da minha boca.
!!! MEU REINO POR UM ROLO DE PAPEL HIGIÊNICO!!!

Assustado, tentando entender o que estava acontecendo, vendo à minha volta uma roda de pessoas olhando-me estranhamente. Lentamente fui assimilando o que aconteceu.
Eu estava sentado no banco do trem na estação da Luz, em pleno horário de pico.







N.R. *Ranca de amendoim = colheita de amendoim
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