AO AMOR
De novo,
Do luar fito os teus olhos,
Largos de perguntas aos espelhos...
É que a paixão cobre distâncias,
E eu sei, eles te dirão sou todo desejo!
Ser contigo e amar-te
Sem alternância dos ventos
E revelar-te os olhos, os cabelos, o rosto,
A pérola interior – troféus – ouro fino,
Reluzindo para a lua que banha a tua calçada.
Sou delírio, vida, alma e destino...
Em ti, a flama do incêndio que me devora,
E do teu fogo me entregar às labaredas!
(isto é que é o amor)!
Prender-te no peito, trêmulos anseios,
Que a aurora com ciúmes se arvora...
Manda-me um sinal,
Espelho contra espelho
Em reflexos e artifícios
Nas leves asas do amor
Como desejo de oficio!
Ai! Meu coração é flor, é desejo, é perfume!
Tudo tão suave, que a lua solda os azuis...
Nhca
Jan/02
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