A que tudo indica, Gurupi está vivendo uma verdadeira síndrome de Darlene (aquela tal da telenovela da Globo). Tem gente que faz de tudo para aparecer (E não é que consegue?). Agora, sem mais nem menos, ou mais mesmo, a nossa querida “Capital da Amizade” começa a se “integrar” de vez ao chamado circuito internacional da fama.
Pois bem, não é que a fervilhante indústria do boato tomou conta da cidade na última terça-feira? O assunto que dominava as rodinhas de amigos nos bares, na rua, nos salões de beleza e até mesmo na casa de “tolerâncias” de Madame Cotinha era de que Gurupi havia sido invadida por terroristas da Al-Kaida.
De repente, a pacata gente de Gurupi foi surpreendida pela notícia de que haviam deixando uma bomba na agência da Caixa Econômica Federal.
Pânico geral!
A primeira providencia tomada foi colocar um anúncio nas rádios de Gurupi, chamando algum corajoso eletricista – um possível especialista em “desligar” bombas -, para tentar resolver o problema. Isso tudo, tudo, antes mesmo de se encontrar a tal da bomba. A Polícia Federal e Comando de Operações Especiais da Polícia Militar, foram acionados. O local foi imediatamente evacuado. Várias ruas nas proximidades foram interditadas pelos policiais. Minutos depois não tinha mais nenhum eletricista em Gurupi. Todos havia se mudado para outras cidades a milhares de quilômetros de distância. O número de curiosos aumentava. Todos queriam saber detalhes sobre a “operação” Foi chamada uma equipe de policiais especializados em lidar com artefatos bélicos. Até um pai de santo que passava pelo local foi consultado para opinar sobre tão delicado caso. Afinal, era a primeira vez que Gurupi vivia em clima de ameaça de atentado a bomba. Um transeunte chegou a perguntar: - “Será que vai sair no Jornal Nacional?
O tempo ia passando. A procura da tal bomba continuava em todos os cantos da agência bancária... E nada!
Lá pelas tantas, encontraram uma caixa de papelão. A primeira vista parecia uma caixa “suspeita”. Com muito cuidado e devidamente paramentados, os policiais se prepararam para “desativar” artefato, quando finalmente conseguiram abrir a tal da caixa, descobriram que dentro dela havia sim, uma bomba, porém, era uma bomba d’água, da marca Anauger, que havia sido esquecida por um correntista.
Segundo apurou-se mais tarde, esse mesmo correntista ao dar pela falta da bomba, apressou-se a ligar para o gerente da agência:
- “Senhor gerente, deixei uma bomba aí na agência!”, teria dito o correntista e antes que pudesse se explicar melhor a ligação foi interrompida e isso teria provocado a confusão que se generalizou.
Ao constatar que tudo não passara de um equívoco, teve até que afirmasse indignado: - “É tanto barulho para pouca bomba!”