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Teses_Monologos-->SUCESSO E SIMPATIA -- 18/11/2005 - 20:39 (Cheila Fernanda Rodrigues) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
III- SUCESSO E SIMPATIA*

Em casa, criança,
Não sentia que me amavam pelo que eu era...
Se numa tarefa, um destaque eu tinha
Se algum êxito me vinha
Então elogios recebia.
E só assim eu ouvia:
“_Muito bom!
Sinto orgulho de você!”
Mas eu precisava acreditar
Num amor que fosse constante
Que me preenchesse o bastante
Para viver em segurança.
E foi o que passei a buscar
Encontrando um substituto de confiança:
O olhar de quem admirava meu sucesso.
A admiração supria o vazio do amor
Mas eu me amar? Era muito difícil!
Afundei numa imensa solidão interior
Só o aplauso me tirava de dentro de mim
E eu o buscava com todo ardor.

Na idade adulta, me protegi mergulhando no trabalho...
Aprendi a economizar o dinheiro
Aprendi a ser uma pessoa bem sucedida
Aprendi a ser uma pessoa querida
Aprendi a ter uma bela imagem
Virei um exemplo de coragem.
O sucesso estava para mim
Como a lenha para a maria-fumaça:
Era o que me dava energia
Era o que me alimentava
Era o que me movia, impulsionando-me a caminhar
E me deixava em estado de graça.
Minha vida tornou-se uma luta para ganhar...
Uma competição sem fim pelo troféu de melhor...
Busquei dar a mão à competência
E abraçar o entusiasmo e a motivação.
Feito camaleão, lidava melhor com qualquer papel exercido
Do que com meu próprio eu - um quase desconhecido.
O mercúrio de um termômetro imaginário
Eu não me cansava de consultar:
Será que atingirei o píncaro da glória?
Será que viverei só de vitória?
Pela minha aparência sempre boa
Pela minha energia infinda
Pelo meu sorriso de mel
Pelas aquisições materiais
A impressão é que tudo me caía do céu.
Qual o quê!!!
Sempre fiz de tudo para um projeto dar certo...
Trabalhei a mais não poder
Mas nunca deixei transparecer
O quanto o esforço me esfalfava.
Pegava minha varinha mágica - o esforço incomum -
E todo problema parecia desaparecer.
Batalhei, batalhei, batalhei...
E depois falei, falei, falei
De meus projetos, de meus prêmios
E, ao colher o louvor, sentia-me no céu,
A morada do amor.
Sem elogio eu era terra seca, árido sertão...
Não querendo que me ofuscassem
Tratava de me matar de tanto competir
E contava mentiras para o êxito atingir
Livrando-me do fantasma do fracasso.

Hoje trabalho meu lado interior
- tão subdesenvolvido e necessitado -
E descubro que o amor
Vem do íntimo de nosso ser.
Encontro minha real identidade
Encaro e encarno a veracidade
Percebo que minhas emoções podem emergir
E meu sucesso é reflexo desse meu agir.
Passo a empregar meus dons
A serviço de uma causa maior:
A seara de um mundo melhor.
Passo a viver na profundidade
Liberto-me da vaidade
Passo a confiar no agir soberano
E me entrego, por completo, a esse plano.

*Este é o padrão III, do tema: Da criança ferida ao adulto rumo ao seu interior. Segundo David Daniels e Virginia Price, na tipologia do Eneagrama, há nove padrões de pensamento, sentimento e ação formados na fase de desenvolvimento da nossa personalidade. O padrão de cada um de nós começa na infância, pois a criança, de alguma forma, foi ferida e encontrou um jeito de sobreviver, ou seja, inconscientemente adotou um dos nove padrões para se defender. Isso o adulto carrega, porém pode caminhar rumo ao seu interior e reverter ou amenizar a ferida.
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