Belém do Pará, uma terra de paixões. O paraense é movido por esse
sentimento inato, que cresce a cada dia. O maior exemplo disso é a
quantidade de pessoas, fiéis mesmo que cumprem suas promessas
caminhando pelas ruas da Capital na procissão do Círio de Nazaré, no
segundo domingo de outubro. Nem mesmo a padroeira do Brasil,
Nossa Senhora de Aparecida de São Paulo, a cidade com maior
número de população, consegue reunir tanta gente na caminhada
realizada em seu dia, 12 de outubro.
Nasci em Belém e tenho orgulho de dizer isso, e me mudei para Porto
Velho-Rondônia há oito anos, já esqueci de muita coisa, mas algumas
eu lembro, porque permanecem em mim, como a paixão, sou assim,
diferente dos demais brasileiros.
Aqui não há prato típico, não a amor pelo futebol local, coisa que em
Belém é fanatismo (no bom sentido), Remo e Paysandu, são os
clubes sensações do paraense.
Porto Velho é uma cidade é nova, não há tradição, as pessoas que
vêm, muitas têm a intenção de deixar este lugar. Os políticos não
pensam em investir, proporcionando o crescimento da cidade e
alimentando a vontade dos visitantes e moradores mais recentes de
estabelecer laços mais fixos.
O próprio nome já diz, "velho", quem apostou aqui, também está no
passado. A capital está ficando velha, não há um grande salto na
prosperidade local, não há novas construções, mas muitas
inacabadas pela cidade.
Belém não, nestes oito anos que estive fora, teve um crescimento tão
expressivo, que hoje ao retornar este ano, observei as mudanças
drásticas, sempre para melhor.
Paranse é apaixonado por sua cidade, por isso eu amo dizer, posso
até não parecer da terra devido a minha cor mais clarinha, as pessoas
costumam me classificar como sulista, mas com todas as letras eu
afirmo, sou paraense até morrer.
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