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Artigos-->VEJAM POR QUE JESUS MORREU NA CRUZ -- 09/04/2004 - 00:13 (THEKLA - THEOLOGICAL KEY BY LOGICAL ANALYSIS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



Quando Judá se via na iminência de ser invadido pela Assíria, império que dominada sobre Israel, um profeta disse que a invasão iria ocorrer, mas um libertador nascido em Belém, cidade judia, esmagaria o invasor, traria à liberdade os israelitas, reunificaria o reino, que floresceria para sempre, nunca mais sendo subjugado por outros povos. A invasão não ocorreu, mas a esperança no libertador não acabou e levou muitos à morte, entre eles Jesus.



Cerca de sete séculos antes da Era Cristã, o Império Assírio dominava muitos povos, entre eles Israel, e, mais cedo ou mais tarde, pretendia anexar Judá.



Sob a ameaça assíria, um profeta chamado Miquéias prometeu, em nome de Yavé, que um judeu nascido em Belém derrotaria o império inimigo quando ele entrasse na terra judia, libertaria os israelitas, que estavam dominados pelo referido império, e estabeleceria um reino sem fim, conforme as reiteradas promessas conhecidas por aquele povo (Miquéias, 5: 2-15).



A Assíria veio abaixo antes mesmo que chegasse a tentar a anexação de Judá, tornando letra morta a profecia de Miquéias.



Todavia, o povo judeu continuou esperando o redentor, porque, embora livre da invasão assíria, caiu sob o domínio de outros povos. Primeiramente ficou sob o jugo egípcio; depois veio o rei da Babilônio e agravou mais a sua situação. A cidade santa, Jerusalém, foi destruída, e o profeta Isaías predisse que, com a queda de Babilônia, a nova Jerusalém teria paz eterna. Isso fortaleceu a fé do povo, que continuava a esperar um libertador.



Caiu Babilônia, e veio a Medo-Pérsia. O povo judeu continuou sob domínio estrangeiro, mas, dessa vez, comparado aos dias de Babilônia, era quase o paraíso prometido. O novo império permitiu a reconstrução de Jerusalém.



Entretanto, o período de relativa paz durou pouco. Vieram os gregos e, após a morte de Alexandre o Grande, com a divisão do império novos opressores tornaram dura a vida do povo escolhido de Yavé.



Passou a Grécia, veio Roma. Cada vez a paz estava mais distante; mas a fé do povo não se abalou. Continuaram esperando um libertador. Segundo historiadores, muitos surgiram pretendendo ser o libertador enviado de Yavé, mas todos foram assassinados. A própria Bíblia aponta, no livro de Atos dos Apóstolo, dois outros nomes além de Jesus: "Judas" e "Teudas".



Todos os outros que pretenderam libertar o povo do jugo romano foram mortos e seus seguidores se dispersaram. Mas o grupo de Jesus anunciou que ele ter-se-ia ressuscitado e um dia retornaria à Terra para estabelecer o reino celeste.



Mas, por que Jesus foi crucificado? Os poucos dados bíblicos são suficiente para se ver que Jesus veio com plano de ser o rei libertador. Pretender ser rei entre um povo dominado era intolerável para os romanos.



Os evangelhos informam que Pilatos mandou por no alto da cruz de Jesus uma inscrição em três línguas (hebraico, língua dos judeus, grego, a língua mais comum a todos os povos, e latim, a língua oficial romana): "JESUS NAZARENO REI DOS JUDEUS" (Lucas, 23: 16; João, 19: 19). Isso mostra a razão de sua condenação.



Mas o que torna mais claro o propósito de Jesus é o relato da sua entrada em Jerusalém.



Nos dias do Império Medo-Persa, um dos profetas hebreus predissera:



“Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que vem a ti o teu rei; ele é justo e traz a salvação; ele é humilde e vem montado sobre um jumento, sobre um jumentinho, filho de jumenta. De Efraim exterminarei os carros, e de Jerusalém os cavalos, e o arco de guerra será destruído, e ele anunciará paz às nações; e o seu domínio se estenderá de mar a mar, e desde o Rio até as extremidades da terra... O Senhor dos exércitos os protegerá; e eles devorarão, e pisarão os fundibulários; também beberão o sangue deles como ao vinho; e encher-se-ão como bacias de sacrifício, como os cantos do altar” (Zacarias, 9: 9, 10, 15).



Conhecedor da profecia, Jesus cuidou de mostrar-se o predito rei, segundo afirma o primeiro evangelho:



“Quando se aproximaram de Jerusalém, e chegaram a Betfagé, ao Monte das Oliveiras, enviou Jesus dois discípulos, dizendo-lhes: Ide à aldeia que está defronte de vós, e logo encontrareis uma jumenta presa, e um jumentinho com ela; desprendei-a, e trazei-mos. E, se alguém vos disser alguma coisa, respondei: O Senhor precisa deles; e logo os enviará. Ora, isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta: ‘Dizei à filha de Sião: Eis que aí te vem o teu Rei, manso e montado em um jumento, em um jumentinho, cria de animal de carga.’



Indo, pois, os discípulos e fazendo como Jesus lhes ordenara, trouxeram a jumenta e o jumentinho, e sobre eles puseram os seus mantos, e Jesus montou. E a maior parte da multidão estendeu os seus mantos pelo caminho; e outros cortavam ramos de árvores, e os espalhavam pelo caminho. E as multidões, tanto as que o precediam como as que o seguiam, clamavam, dizendo: Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!



Ao entrar ele em Jerusalém, agitou-se a cidade toda e perguntava: Quem é este? E as multidões respondiam: Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia.



Então Jesus entrou no templo, expulsou todos os que ali vendiam e compravam, e derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas; e disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a fazeis covil de salteadores” (Mateus, 21: 1-13).



Com esse comportamento, certamente Jesus esperava encontrar um apoio maciço de seu povo e se libertar dos romanos. Mas, como os outros que vieram antes dele, não convenceu, e conseguiu poucos adeptos, terminando crucificado. Um detalhe que comprova que o grupo de Jesus não era assim tão pacífico e desarmado está no evangelho de João: "Então Simão Pedro, que tinha uma espada, desembainhou-a e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita" (João, 18: 10).



Aquela filosofia de colaborar com os inimigos oferecendo a face esquerda a quem batesse na direita, entregar a túnica a quem tomasse a capa, etc. parece mais elaboração evangélica.



Como os evangelhos foram escritos mais de quarenta anos após a morte de Jesus, tudo parece ter sido adaptado mudar o caráter de sua missão libertadora.



Como o próprio povo de Jesus não reconheceu nele características compatíveis com o libertador predito, os seus seguidores saíram pregando a sua ressurreição a outros povos e a promessa de ressurreição a todos que nele cressem, vindo a convencer boa parte do mundo de que teria sido ele o messias prometido pelos profetas, criando a maior religião de todos os tempos. Mas não resta dúvida de que ele foi executado por pretender libertar o povo do jugo romano.



Ver mais detalhes.



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