A junção da páscoa do épico do êxodo com o deus romano Attis montou o cenário para criar a páscoa cristã. Esta última predominou no mundo inteiro.
"Pesach, Easter, Pascua, Pasqua, Pâques... A Páscoa é a maior celebração dos cristãos ao redor do mundo. Uma festa que une os povos, integra tradições e reúne costumes para comemorar a ressurreição, o renascimento e a vitória da vida. Para multiplicar a alegria e fertilizar os corações foram escolhidos os "coelhinhos", alegres portadores dos ovos de chocolate, símbolo da origem dos seres e do mundo. Comemore a Páscoa, saboreia a vida e celebre a paz!" (Agenda Elefante).
Quando Josias, rei de Judá, realizou uma reforma do templo de Yavé em Jerusalém, apareceu no templo um livro que contava uma versão da origem dos hebreus e trazia uma lei dada por Yavé a Moisés, patriarca que teria libertado Israel de um cativeiro egípcio. Entre os rituais constante da lei de Yavé, estava a comemoração denominada "pesach".
"Então o rei deu ordem a todo o povo dizendo: Celebrai a páscoa ao Senhor vosso Deus, como está escrito neste livro do pacto. Pois não se celebrara tal páscoa desde os dias dos juízes que julgaram a Israel, nem em todos os dias dos reis de Israel, nem tampouco nos dias dos reis de Judá" (II Reis, 23: 21,22).
Daí em diante, o povo passou a celebrar a páscoa. E o conteúdo do livro tornou-se o fundamento da religião dos judeus.
Os romanos também faziam uma festa todo ano em homenagem à deusa Réia e ao deus Attis, personagem este que era nascido de uma virgem e morria e ressuscitava a cada ano. Nessa época era comum também presentear com ovos.
Quando Jesus de Nazaré foi executado na cruz, seus poucos seguidores passaram a pregar que ele teria ressuscitado no terceiro dia a contar de sua crucifixão. Ao que parece, inspirados no deus Attis dos romanos, criaram o mito de que Jesus teria nascido de uma virgem por obra do espírito santo de Yavé.
Em substituição à páscoa judaica, os membros da nova religião passaram a celebrar a páscoa comemorativa da morte e ressurreição de Jesus.
Além dos evangelhos, que foram escritos entre quarenta e oitenta anos após a morte de Jesus, nada se registrou a seu respeito, a não ser que ele existiu e foi executado na cruz por ordem de Pôncio Pilatos. Isso evidencia que ele, um dos vários que se intitularam "messias", não tinha nada de excepcional. O evangelistas, décadas depois de sua morte, criaram o mito de seus grandes prodígios, e convenceram o mundo de que tudo fosse realidade. Houvesse entre os julgados de Pôncio Pilatos um homem que devolvesse vista a cegos, quem registrou as crueldades de Pilatos em seus julgamentos teria conhecido esse homem.
Hoje, ao passo que a festa romana deixou de existir, só ficando na história, a páscoa judaica continua sendo comemorada pelos judeus, e a páscoa cristã é a mais conhecida festa religiosa em todo o mundo.
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