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Contos-->A herança maldita, cap. 3 -- 21/12/2001 - 07:15 (Flavio Costa Ribeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Marcelo, agora mais confiante, sabia que não podia voltar atrás. A próxima vítima seria Giovanna, que acabara de roubar o marido de Narcisa, uma mulher extremamente vingativa e cruel. Durante uma festa entre amigos esta falou que jamais deixaria passar em branco a traição de Giovanna, e que nenhuma perua roubaria seu marido sem receber uma lição exemplar.

As duas costumavam freqüentar o mesmo salão de beleza, e como era de hábito neste local, cada produto utilizado por cada uma das frequentadoras era rotulado para evitar que elas discutissem entre si e armassem confusões. Como era de costume, Giovanna foi na terça às quatro horas da tarde fazer sua máscara de beleza anti-rugas no salão, quando esta entrou deparou-se com Narcisa, que possessa tentou agredi-la, as bichinhas, quero dizer, os cabeleireiros conseguiram separar as duas peruas, porém Narcisa antes de sair gritou para Giovanna, que naquele dia ainda ouviria a notícia da sua morte, e que esta seria terrível, tão terrível que seu caixão não poderia nem ser aberto durante o velório.

Marcelo sabia da briga entre as duas, sabia também da coincidência de dia e horário da visita de ambas no salão, sabia também que a briga seria inevitável, sendo assim travestiu-se de cabeleireiro, entrou no grande salão sem ser notado e colocou um ácido fortíssimo dentro do pote de produtos químicos para tratamento de pele de Giovanna, e que aplicado sob o rosto dela, causaria sua morte em poucas horas, com um sofrimento terrível.

O esteticista sem suspeitar de nada, pegou o pote de Giovanna e aplicou uma grossa camada sob seu rosto, poucos instantes depois esta começou a gritar de desespero, sem entender nada, ninguém conseguiu ajuda-la, e até os médicos chegarem, a toxidade do produto já havia matado Giovanna.

Narcisa foi presa logo em seguida, apesar de negar a autoria do crime, todos os indícios levavam a ela, várias testemunhas deram o depoimento de suas ameaças à vítima, inclusive da forma como ela morreria, tendo que ficar com o caixão fechado, e o ácido desfigurou completamente o belo rosto de Giovanna.

Novamente a família estava toda reunida no velório de um dos herdeiros, alguns, como Ricardo, mal conseguiam disfarçar a felicidade, menos um para dividir a herança. Marcelo como sempre, totalmente voltado para atender o tio.

Marcelo estava pensativo, questionando até onde o que estava fazendo era seu desejo ou apenas cumpria, como sempre, as ordens de seu tio, hoje ele não sabia se poderia chegar em casa e dormir, mas também sabia que não mais podia retornar, de que valeria ter matado duas pessoas e não chegar ao seu objetivo final.

O inspetor Dulcídio, novamente, observava ao longe a cerimônia, e sabia que algo muito estranho estava ocorrendo. Cada vez mais suspeitava de Ricardo, e ao voltar a delegacia comentou com o delegado Pascoal que algo cheirava mal, mas este respondera apenas que acabara o seu desodorante, e como o ar condicionado de sua sala estragara, era impossível não feder, e deu o caso por encerrado.

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