Liso era um cara malandro, descolado, criado nas ruas da cidade grande. Um tremendo 171, daqueles que dão nó em pingo d’agua.
Recem chegado naquela pacata cidadezinha do interior, já deu uma geral pela nova city.
Logo de cara percebeu que ali era o lugar. E que iria se dar bem.
Percebeu a presença de uma figura mística. Rebeka. Uma mulher maravilhosa, morena jambo, 1,75 m de altura, corpo escultural, do tipo “tulípa” uma verdadeira deusa.
Por onde ela passava chamava a atenção. Era só neguinho tropessando, trombando com o poste, batendo o carro, caindo em buraco de obra de esgoto em fim um verdadeiro caos. Sua beleze era realmente impressionante.
Liso ficou louco pela moça e tratou logo de se inturmar com o pessoal do truco pra “ fragá a sitúa”
Descobriu que um mito rondava a bela Rebeka.
Corria um boato, orfão de pai e mãe, que a bela não era bela e sim, belo. Isto endoidecia os homens do lugar, mas ninguém tinha coragem de tentar descobrir a verdade.
Em todos os botecos que passava, o papo era o mesmo.
Será que é? Será que não é?
Percebeu que isso tirava o sono dos machões inveterados daquela simpática cidadezinha.
Mesmo malandro que éra, Liso não conseguia aceitar que fosse possível uma mulher tão bela ser um sacudo.
Descobriu que o pessoal do truco já tinha lançado um desafio, com premiação em dinheiro para quem conseguisse descobrir a verdade sobre a bela e afamada Rebeka.
Cidade pequena, já viu né!!!
Se ele sair com ela e ela for realmente ela, ele será um heroi.
Agora se ele sair com ela e ela não for ela, mas sim ele. Fatalmente ele será ela.
Cada dia que passava, a curiosidade ia aumentando e o fã clube da moça também.
Mas pra malandro que é malandro, bastou olhar pra moça e perceber que daria para ganhar uma grana fácil, e de quebra traçar a mulher mais gostosa que á tinha visto a vida.
Bolou um plano infalível ara colocar em prática no fina de semana. Afinal seria a festa tradicional da padroeira da cidade.
Já na festa reuniu o pessoal da pesada e fez a aposta. Apostou 30 mangos com cada um, que ela era mulher e que ele iria tirar a moça para dançar.
Feita a aposta convidou a moça para dançar, e não levou tábua.
Aproveitou o forró que rolava solto, e enfiou sua perna entre as pernas da moça. Não sentiu nada, ficou entusiasmadíssimo e perguntou:
-Voce é mulher?
-Sou sim. Por que?
-Olha vou direto ao assunto, eu apostei uma grana alta com aqueles manés, que sairia com voce e se voce topar sair comigo, eu racho a grana contigo.
De primeiro ela topou.
Ele voltou aos colegas e valorizando disse:
- O negocio é o seguinte, das duas uma, ou é homem e tem o bilau pequeno ou é mulher e está usando modess.Por isso vamos ter que dobrar a aposta.
Sentindo que iriam em fim descobrir a verdade e ainda continuariam com a reputação intácta, concordaram.
Liso voltou a dançar com Rebeka e convidou-a para ir até sua casa.
Lá se atracaram e rolaram pelo chão. Parecia luta de vale-tudo.
Sob uma suave penumbra, tirou a roupa dela. Ele não podia acreditar no que estava acontecendo. Ele estava levando uma grana federal e de quebra ia dar um “tranco” na gostosa Rebeka.
Tirou a calcinha dela e começou a alisar o play-ground da criança.
Estranhamente sentiu algo como uma fita crepe, e assustado perguntou:
-O que é isto, lacre de segurança?
-Não, é a fita crepe que está prendendo meu bilau para traz!
-Bilau!!!??? Voce não disse que era mulher?
Neste momento, as luzes se acenderam e um coro soou em alto e bom som.
-“ 1º de Abril !!!
Pelo meos 50 pessoas estavam escondidas pela casa pra sacanear o malandro.
