Usina de Letras
Usina de Letras
160 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62228 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22536)

Discursos (3238)

Ensaios - (10364)

Erótico (13569)

Frases (50622)

Humor (20031)

Infantil (5433)

Infanto Juvenil (4767)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140803)

Redação (3305)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6190)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Teses_Monologos-->UM JEITO BRIGUENTO E MAGNÂNIMO -- 17/12/2005 - 19:47 (Cheila Fernanda Rodrigues) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
VIII - UM JEITO BRIGUENTO E MAGNÂNIMO*

Fui uma criança oprimida
Empurrada de lá para cá...
As pessoas que eu amava
Sequer percebiam minhas necessidades emocionais...
O mundo era um carrasco
Pronto a castigar a fraqueza.
Incontinente fiquei com a dureza
Mostrando ousadia e sangue frio:
Não me comportava bem
Não me adaptava às ordens
Quebrava regras
Não me deixava comandar por ninguém...

Na idade adulta, minimizei as emoções
E maximizei o poder de controlar a vida.
Virei fortaleza
Construindo pedra por pedra
Na determinação e firmeza.
Eu era o perfeito poder
Impondo minha verdade
Escondendo meus pontos vulneráveis
Como a ternura, guardada no fundo de um baú.
Conquistava o respeito alheio
Empunhando uma força bruta
Advinda do mais profundo de meus instintos
E sempre acertava em cheio.
Agia direta e propositalmente
Cara a cara com os conflitos.
Não era diplomata
Falava tudo na lata.
Mas as pessoas fracas e oprimidas
Sempre obtinham minha atenção
Fazia tudo para agir de modo justo
E lhes estender a mão.
Porém, vivendo segundo a justiça,
Não podia suportar aquelas pessoas desanimadas
Fazendo-se de vítimas
Não defendendo a si mesmas.
Alguém tentar me pôr controle?
Jamais! Jamais!
Reconhecer meus erros?
Era um forte sinal de fragilidade...
Idéias novas?
Minha primeira reação era a recusa
Por ser do contra e não ter o controle...
Ação! Ação! Ação!
Esse era meu lema!
Ignorava a fadiga e a dor
Para enfrentar qualquer problema.
Meu jeito de fazer contatos?
Era belo: belicoso!
Eu costumava achar que luta, polêmica e conflito
Pudesse às pessoas agradar.
E o que dizer da luxúria?
Ah! Violentação de outro ser
Por paixão ou por prazer...
Pelo meu sangue quente
A outra pessoa era usada
Abusada em sua dignidade
E eu não ficava com sentimento de culpa
Nem me tocava a piedade.

Agora estou percebendo:
Somos intrinsecamente inocentes
Bem intencionados
Capazes de intuir a verdade
Honestos para abrir a cortina do olhar
Onde o preconceito não pode entrar.
Estou desativando o instinto do poder
Deixando simplesmente o efeito da força fluir
E não a uso para mascarar a vulnerabilidade...
Estou aprendendo a fazer acordos
A não impor minha vontade
Sei ser rochedo de segurança às pessoas
Sei usar meu senso de justiça
Sei o valor da responsabilidade e solidariedade.
Estou me libertando de traumas
Acalentando minha criança indefesa
Aceitando a mim e aos outros
O que é uma grande surpresa!
Consegui abrir o baú da ternura
Posso carregá-la comigo
Para me nutrir e proteger
Numa inacreditável aventura!

* Este é o padrão VIII, do tema: Da criança ferida ao adulto rumo ao seu interior. Segundo David Daniels e Virginia Price, na tipologia do Eneagrama, há nove padrões de pensamento, sentimento e ação formados na fase de desenvolvimento da nossa personalidade. O padrão de cada um de nós começa na infância, pois a criança, de alguma forma, foi ferida e encontrou um jeito de sobreviver, ou seja, inconscientemente adotou um dos nove padrões para se defender. Isso o adulto carrega, porém pode caminhar rumo ao seu interior e reverter ou amenizar a ferida.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui