De um lado um grupo de pessoas que reclamam, esplanam e demonstram a todo o momento a indignação contra o descaso do Governo com a tentativa de recuperar o maior Patrimônio Histórico do Estado, a Estrada de Ferro Madeira Mamoré. Eles são: os Amigos da associação da EFMM.
A briga deles é por uma conduta do Governo que possibilite novamente o ativamento do trem, que antigamente fazia o trajeto de Porto Velho até Guajará Mirim. Os Amigos da estação sonham em ver a EFMM totalmente reestruturada e que suas peças centenárias sejam recuperadas e tudo volte a ser como era antes.
A luta deles é para ver a riqueza do lugar valorizada e que o museu seja visitado por todos. Um ponto turístico que atraia as pessoas que passarem pela cidade e vejam o local como um marco Histórico de Rondônia. Os Amigos descartam qualquer possibilidade de modernização do lugar, eles são a favor somente da preservação.
Do outro lado, o secretário de Estado dos Esportes Cultura e Lazer, Luis Carlos Venceslau, agora aposta nas atrações culturais e artísticas que realmente movimentem o lugar, fazendo com que a população de Porto Velho não veja mais a EFMM como um grande galpão abandonado, local de prostitutas, marginais e mendigos.
Ele diz que o desejo destes "Amigos" é algo irreal, tão ilusório que é mais viável Jesus voltar a terra do que o sonho deles se tornar realidade. Seu projeto é transformar a estação autosustentável com a abertura de restaurantes, bares, lanchonetes e lojas de suvenir para os turistas, assim como as Docas em Belém do Pará, que se elevou como um ponto requintado onde só as pessoas de alto padrão social circulam, devido aos preços cobrados pelos empresários.
Na opinião do secretário essas brigas dos Amigos com o Governo não servem nada, apenas para chamar a atenção, pois para ele essas reclamações na mídia nunca adiantou, pois os outros Governos apenas faziam promessas infundáveis, mas seu plano está sendo possível tanto que o primeiro evento voltado totalmente para os jovens aconteceu sem danos e depredações, garantiu Venceslau, o seu segundo projeto ocorrido no Dia do Folclore, nesta última sexta-feira objetivava atrair todo tipo de público, e conseguiu.
Fazendo uma síntese do pensamento de ambos os lados analisamos que é possível dar o apoio aos dois raciocínios, porém, é preciso realmente pensar com a cabeça centrada em 2003, e não na época em que a Estrada de Ferro foi construída. Brigar não leva a nada só o diálogo para resolver e proporcionar o crescimento pessoal e espiritual do ser humano, mas tem gente que não quer isso. Não é? Prefere levantar a bandeira preta e continuar em pé de guerra, coisa de quem não tem o que fazer.
