Não estou triste, querido. Longe disso. Só ando confusa ao extremo. Deixar não é fácil. Você deve saber disso, sempre assistindo aos projetos e idéias que vêem e vão por suas mãos. Mas não estou triste. Posso estar sendo influenciada, de certa forma, porém, continuo a mesma Nina.
Nunca perdi um amigo para outra vida. Já perdi parentes, mas ninguém de encontro contínuo ou de delírios embriagados pelas ruas de Portugal (?). Sim, “a dor começa com a dor que damos”. E não há dor pior, devo dizer. O tempo pode não curar completamente, como deveria ser, mas ele ajuda, com um pequeno (e insuficiente) curativo de todos os dias.
Ficarei mesmo por aqui. Mudarei de planos, como penso. Necessito achar ainda uma forma de me encontrar no meio de tanta coisa que quero fazer. Deveríamos nascer com um só objetivo, sabe? Viver para uma coisa apenas. Ah, escrevo bobagens! Que vida ingrata teria se fosse assim. Por isso, continuo gostando de tantos e tantas que perco o rumo, como agora, mas já volto ao ponto certo, pode esperar.
“Guarda esse e-mail. Quem sabe um dia não será bilhetinho de seu quarto. Gosto de si p´lo que leio. Espero um dia para saber se a escrita corresponde à pessoa. Só pode. A beleza é um parágrafo”. Não tenho dúvidas em relação à você!
Tenho absoluta certeza que ainda nos encontraremos pelo mundo.
Beijos,
Nina Valiengo ou Ingrid Nina ou até mesmo Ingrid Valiengo Nina
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