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Infanto_Juvenil-->Menina turrona -- 31/03/2009 - 18:09 (Beatriz Cruz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
MENINA TURRONA


Minha filha, Ana Emília, sempre foi turrona. Desde que nasceu, pois sobreviveu à vinda prematura, com um quilo e meio. Depois cresceu, hoje é bem mais alta do que eu.

Não falava como outros bebês mamã, papá, dá... olhava pra todo mundo, prestando muita atenção. Um dia, por volta de um ano e meio, ao me ver chegar com algo na mão, disse assim: compô jonal? Só faltou querer ler...

Depois disto, passou a se expressar com clareza. Qué isso, qué aquilo, é meu, não dô! não vô! E batia o pé no chão.

Maiorzinha, não admitia palavra que não fosse exata. Se ouvisse “olha o sapatinho dela...”, lá vinha “não é sapatinho, é sandália!” Ou, “que bonito seu calção”, logo corrigia, não é calção, é short! Era mesmo de morte.

Como toda menina normal, brigava com a mãe, é claro. Uma vez, não sei mais por quê, a coisa ficou preta e ela foi pro quarto. Pra pensar um pouco, como mandei. Passado um tanto, percebi que ela remexia, portas do armário fechava e abria. Curiosa, fui olhar.

Sabem como a encontrei? Ainda emburrada, na cama sentada. Aberto no chão, um lençol com coisas dela: shorts, camisetas, pijamas, sapatos. Pensava no que faltava pra amarrar a trouxa. É o cobertor, disse toda séria. Vou embora daqui!

Vai pra onde, menina? Morar na rua, respondeu, dura. Com aquela mulher, lá na calçada!

Daí por diante, confesso, não foi muito difícil convencê-la a mudar de ideia...



Beatriz Cruz
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