Seria uma turba crescente que não tem acesso à cultura, à educação e ao lazer; bens sociais estes já expressamente garantidos há três séculos atrás, pela declaração dos direitos humanos. Estes seres por sua vez, estão entregues paradoxalmente, às “carnalidades” mais animais (Os bregas e bailes funks e shows de bandas francesas de dance music... sem mais comentários) e às espiritualidades mais primitivas, como a credulidade cega de que existe (Meu Deus...) Ceuzinho e Inferninho, e que os bonzinhos (definição esta bastante, digamos, maleável [Geralmente oposição]) vão pro ceuzinho e os mauzinhos (geralmente situação) vão pro inferninho (não o das meninas).
Numa sociedade onde a vida terrena não promete mais do que humilhações e privações, nada mais óbvio de se esperar do que algo melhor do outro lado do muro (também... por aqui pior não pode ficar).
Traduzindo toda essas parafernália em poucas palavras: Pessoas sem cérebro, sem dignidade e sem objetivos. Cativos às meias verdades simples.
Deixemos isto para lá (fuga do tema central).
Uma das características outras do Pós-Modernismo Medieval é que estamos, em pleno séc. XXI, ainda sacrificando o bem geral por "bens para poucos particulares". Não que isso tenha parado de acontecer em algum momento da história, mas sob o pretexto de desrespeitos burocráticos e até disparates religiosos (todos engodos para a verdadeira meta: a mais-valia pessoal) a população brasileira está preste a dar um passo importantíssimo! Só que para trás.
Por incrível que pareça, até mesmo contra a obstinada repressão do governo às atividades intelectuais, temos uma meia-dúzia de gênios no Brasil que fazem pesquisas avançadíssimas e de altíssima qualidade em diversos pontos do saber científico. Em países onde a força da religião e da concentração de renda é comedida a fuzil e cadeira elétrica, estas pesquisas ainda são bem menos avançadas que algumas das nossas. Vide o exemplo da tecnologia de OGMs (Organismos Geneticamente Modificados), investigada a fundo por profissionais, doutores e pós-doutores em biologia molecular da FAPESP (Fundação de Apoio à Pesquisa de São Paulo).
Por aquelas bandas entidades como a Coopersucar (Cooperativa de Produtores de Cana de Açúcar e Álcool de SP) desenvolveram uma semente que é resistente a herbicidas químicos, e a USP, também já conseguiu desenvolver feijões resistente a algumas pragas virais.
Outra pesquisa que se poderia desenvolver no Brasil, mas é freada por interesses escusos é a Clonagem Humana Terapêutica.
Vamos abordar estes dois temas por três ópticas diferentes, mas complementares; A econômica, a Política e a Ideológica.
Sobre a óptica econômica esse fenômeno de recusa aos transgênicos pode ser explicado por um argumento muito simples. A lei da procura e da oferta. Como a adoção de transgênicos é algo que alavanca a produção para níveis perniciosos ao valor da mercadoria, nada mas natural do que uma resistência dos grandes produtores nacionais e internacionais, que não querem ver o preço de seu produto despencar pelo excesso de mercadoria disponível. Não pense que existe alguém aqui preocupado com o vislumbramento da diminuição da fome do povo brasileiro.
A política, como sempre, aqui deixa de representar a vontade do povo "barriga-roncante" para se transformar em uma cachoeira de interesses que, não molham, mas encharcam a mão dos nossos figurões. Além de outras mil razões que nem sonham a minha vã filosofia...
A Religião, na questão agrária, não têm muito que opinar, afinal, não da pra excomungar grãos de soja, pelo menos até ontem. Mas na ceara da clonagem terapêutica a já falecida Igreja Católica joga uma de seus últimos tentáculos apodrecidos pelos vermes da terra em cima da festinha dos pesquisadores paulistas.
– Parem a clonagem de células-tronco pluripotentes amigos – diz ela -, pois as alminhas oligocelulares merecem mais respeito. Deixem de lado as milhares de doenças incuráveis que poderiam ser facilmente equacionadas, como o mal de Alzheimer e Parkinson (degeneração das células cerebrais), por um processo quase mágico, quase milagroso (se não fosse descoberto pelos humanos caídos), onde simplesmente se coloca na área problemática as celulazinhas clonadas e elas fazem todo o trabalho, se transformando em células iguais em função às do local a ser curado (por isso o nome "pluripotentes", pois elas são as que dão origem a todos os tipos de células existentes em nossos corpos).
Esse disparate medieval foi defendido por uma maioria gritante de deputados das alas Católicas e Protestante, formando um quorum de 120 "escrotinhos" (me perdoem), que chegaram a ameaçar o veto da proposta de regulamentação das leis de Biossegurança se não fosse atendida a sua reivindicação pela proibição de pesquisas nas áreas de OGMs e Clones Terapêuticos até segunda ordem deles próprios. Pois bem... Cada um que diga I AM GOD!
Estamos criando entraves burocráticos, que são inoportunos de serem destrinchados aqui, porque o saco de vocês já deve estar cheio, que atrasarão a caminhada Brasileira, tanto tempo defasada, em direção a autonomia tecnológica, e à soberania nacional. Estamos em pleno séc. XXI levando a sério discussões como estas, que estudamos em baixa Idade Média, onde já sabemos que não há combinação entre Fé e Razão, principalmente quando a Fé se caracteriza pela ausência de argumentos e nitidamente leva a humanidade, como sempre, para algo pouco melhor que a barbárie neolítica, onde por sinal a Igreja daria a sua alma para que a humanidade tivesse permanecido. Tempos bons aqueles hein, Grande Mãe Romana!?