Usina de Letras
Usina de Letras
148 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62220 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10363)

Erótico (13569)

Frases (50618)

Humor (20031)

Infantil (5431)

Infanto Juvenil (4767)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140802)

Redação (3305)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6189)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->Morte de uma Crónica Anunciada -- 28/08/2001 - 21:10 (Felipe de Paula Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Minha sala de aula na universidade, o terceiro semestre de Comunicação, tem tido alguns problemas com uma professora. A figura é responsável pela matéria nomeada Introdução a Sonoplastia. Fiquei sabendo que "-plastia" quer dizer "nos alunos", então sonoplastia quer dizer... Bem, deixa pra lá! Como eu dizia, minha sala está com alguns problemas com esta professora e eu decidi escrever uma crónica sobre o assunto.
Até aí tudo bem, não é? O negócio é que eu caí na besteira de falar para algumas pessoas que eu iria escrever a tal crónica. Encontrei um colega no corredor e disse:
- Sabe dos problemas com a professora, não é?
- Sei.
- Pois é, vou escrever uma crónica sobre o "rolo".
Meu colega adorou a idéia, pediu que quando eu terminasse mostrasse a ele e tudo mais. Em outro instante encontrei uma amiga minha e contei para ela também. E assim foi indo, contei para um, para outro e fui anunciando e, consequentemente, sendo cobrado pela crónica. Fui para casa, sentei na frente do computador e comecei a pensar. O que eu poderia escrever? Talvez colocar que a mulher é professora de sonoplastia mas só fala em jornalismo. Ou quem sabe descrever um pouco de sua personalidade, seria interessante. Eu poderia dizer que a "mestra" adora fazer coisas do tipo:
- Leu o texto que eu pedi? Pergunta ela a um aluno.
- Que texto? Responde perguntando o incrédulo estudante.
- Aquele que eu pedi na aula passada. (Observação importante: Ela não pediu a nenhum aluno que lesse nenhum texto em aula nenhuma. E tem mais, ela diz que pediu com a cara mais séria do mundo. Sinceramente, não sei como consegue!)
Ao ouvir isso o aluno tenta contestar:
- Professora, a senhora não pediu texto nenhum.
- Claro que pedi! Vocês não prestam atenção na aula, ficam dispersos!
Até hoje não consegui entender como é que uma sala inteira fica dispersa a ponto de nenhum, absolutamente nenhum, aluno escutar o que ela diz. Ou teria sido porque ela nunca falou? Annn! Pode ser!
Na crónica eu poderia descrever outro caso parecido, a professora disse:
- Gente, eu quero que vocês façam uma enquete. Lembram que eu expliquei na aula passada?
Acho que não seria possível eu e os meus colegas lembrarem, pois na aula anterior ela chegou às 15:40h. O problema é que a aula ia de 14:20 até às 16:00 e nos vinte minutos de aula que ela deu naquele dia ninguém ouvi nada sobre enquetes.
E eu continuava ali, sentado diante do computador, pensando em que eu poderia falar no texto. Talvez seria interessante comentar a invasão de uma palestra. Outro dia estava sendo realizada na universidade, uma palestra com um jornalista conhecido regionalmente. Na palestra estavam presentes, principalmente, alunos do quinto, quarto e alguns do segundo semestre do nosso curso. A nossa professora, sem encontrar os alunos da minha sala (3° semestre), invadiu a palestra e escreveu em letras grandes no quadro: AULA DO 3°SEMESTRE NO PRIMEIRO ANDAR. Sublinhou com determinação (leia-se irritação) e enquanto o palestrante falava gritou:
- E quem não for... e quem não for vai levar falta!
Dizendo isso se retirou da sala sem dizer mais nenhuma palavra. O interessante é que a cena foi representada a toa. Parece-me que só havia uns dois ou três alunos de minha sala assistindo a palestra.
Diante do computador constatei que me faltava um pouco de assunto para a crónica, decidi deixar pra lá. Decidi não escrever nada mais. E assim foi a morte de uma crónica anunciada. Nunca mais caio na besteira de ficar prometendo coisas antes de, realmente, ter certeza que cumprirei. Bem, encerrando o texto farei uma confissão: Na verdade eu não prometi crónica a ninguém, e a crónica também não morreu. Este papo todo foi só uma desculpa para falar das loucuras de uma certa professora.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui