Usina de Letras
Usina de Letras
23 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62306 )

Cartas ( 21334)

Contos (13268)

Cordel (10451)

Cronicas (22541)

Discursos (3239)

Ensaios - (10398)

Erótico (13576)

Frases (50697)

Humor (20046)

Infantil (5466)

Infanto Juvenil (4789)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140834)

Redação (3311)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6217)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Queimar incenso -- 25/04/2004 - 01:16 (Don Cuervo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos













Queimar incenso. Faz parte da adoração verdadeira?





“DEUSES amam fragrâncias.” Esse era um ditado comum entre os antigos egípcios. Para eles, a queima de incenso desempenhava um papel importante na adoração. Crendo que os deuses estavam próximos, os egípcios queimavam diariamente incenso nos seus templos e em altares nas casas, e até mesmo quando tratavam de negócios. Outras nações tinham costumes similares.



O que é o incenso? O incenso é feito de resinas ou gomas aromáticas, tais como olíbano e bálsamo. Estas são pulverizadas e muitas vezes misturadas com substâncias tais como especiarias, cascas resinosas e flores, a fim de criar uma certa fragrância para usos específicos.



Nos tempos antigos, o incenso era uma substância tão desejável e valiosa, que seus ingredientes se tornaram itens importantes no comércio. Caravanas viajando nas rotas de comércio os traziam de países distantes. Talvez se lembre de que José, o jovem filho de Jacó, foi vendido para comerciantes ismaelitas que vinham “desde Gileade, e seus camelos carregavam ládano, e bálsamo, e casca resinosa, indo levá-los para baixo ao Egito”. (Gênesis 37:25) A procura de incenso se tornou tão grande, que a rota de olíbano, sem dúvida estabelecida por mercadores de incenso, aumentou o número de viagens entre a Ásia e a Europa.



O incenso ainda é oferecido hoje em cerimônias e rituais de muitas religiões. Além disso, cada vez mais pessoas queimam incenso em casa só para sentir seu aroma agradável. Como os cristãos devem encarar a queima de incenso? Será que Deus considera aceitável o uso de incenso na adoração? Vejamos o que a Bíblia tem a dizer sobre o assunto.



“Algo sagrado para Jeová”






Entre os antigos israelitas, queimar incenso era um dos principais deveres sacerdotais no tabernáculo. A Cyclopedia de McClintock e Strong declara: “De fato, queimar incenso parece ter sido considerado pelos hebreus como ato de adoração ou de oferta sagrada, tanto assim que não lemos nada sobre outro uso de incenso entre eles.”



Jeová Deus prescreveu quatro ingredientes para serem misturados e queimados no tabernáculo: “Toma para ti perfumes: gotas de estoraque, e onicha, e gálbano perfumado, e olíbano puro. Deve haver a mesma porção de cada um. E tens de fazer disso um incenso, uma mistura aromática, trabalho de fabricante de ungüento, salgado, puro, algo sagrado. E um pouco dele tens de reduzir a pó fino e tens de pôr um pouco dele diante do Testemunho na tenda de reunião.” (Êxodo 30:34-36) Os eruditos sugerem que mais tarde os judeus rabínicos adicionaram outros ingredientes para uso no templo.



O incenso queimado no tabernáculo e no templo era sagrado




O incenso queimado no tabernáculo era sagrado, usado exclusivamente na adoração de Deus. Jeová ordenou: “O incenso que farás com esta composição não deveis fazer para vós mesmos. Deve continuar para ti como algo sagrado para Jeová. Quem fizer um igual a este para regalar-se com o seu cheiro tem de ser decepado do seu povo.” (Êxodo 30:37, 38) Os sacerdotes queimavam incenso duas vezes por dia sobre um altar destinado para isso. (2 Crônicas 13:11) E no Dia da Expiação, o sumo sacerdote queimava incenso no Santíssimo. — Levítico 16:12, 13.



Nem todas as ofertas de incenso eram aceitáveis para Deus. Ele puniu os que não eram sacerdotes e que presunçosamente o ofereciam como se fossem. (Números 16:16-18, 35-40; 2 Crônicas 26:16-20) O incenso ofertado pela nação judaica era ofensivo para Jeová quando ao mesmo tempo se empenhavam em atos de adoração falsa e enchiam as mãos com derramamento de sangue. A hipocrisia deles induziu Jeová a declarar: “Incenso — é algo detestável para mim.” (Isaías 1:13, 15) Os israelitas se tornaram tão negligentes na prescrita adoração de Jeová, que fecharam o templo e queimaram incenso em outros altares. (2 Crônicas 28:24, 25) Anos mais tarde, o incenso sagrado foi usado até mesmo na depravada adoração de deuses falsos. Tais práticas eram revoltantes para Jeová. — Ezequiel 16:2, 17, 18.





O incenso e os primeiros cristãos





O pacto da Lei, incluindo o decreto sacerdotal de ofertar incenso sagrado, terminou quando Cristo inaugurou o novo pacto em 33 EC. (Colossenses 2:14) Não há nenhum registro de os primeiros cristãos terem queimado incenso para fins religiosos. Sobre isso, a Cyclopedia de McClintock e Strong diz: “Há certeza de que [os primeiros cristãos] não usavam incenso. Realmente, o uso dele era característico do paganismo . . . Alguns grãos de incenso lançados por um devoto sobre um altar pagão era um ato de adoração.”



Os primeiros cristãos negavam-se também a queimar incenso como reconhecimento da “divindade” do imperador romano, embora pudesse custar-lhes a vida. (Lucas 4:8; 1 Coríntios 10:14, 20) Em vista do uso idólatra do incenso naqueles dias, não surpreende que os primeiros cristãos nem mesmo se envolviam no comércio de incenso.





Queimar incenso hoje em dia





Como o incenso é usado hoje em dia? Em muitas igrejas da Cristandade, oferece-se incenso em cerimônias e liturgias. Entre os asiáticos, muitas famílias queimam incenso em templos ou diante de altares domésticos para honrar seus deuses e salvaguardar os mortos. Nos ofícios religiosos, o incenso tem sido usado para fumegar, curar, purificar e proteger.



O incenso tem recentemente obtido popularidade mesmo entre os que não professam ter religião. Alguns queimam incenso enquanto meditam. Certo manual recomenda o uso do incenso para se alcançar “planos superiores de consciência” e receber “energias” que não são do mundo físico. Recomenda também rituais de queima de incenso que envolvem contato com “seres sobrenaturais” a fim de encontrar soluções para os problemas da vida. Essas práticas são apropriadas para os cristãos?





Será que os cristãos devem queimar incenso enquanto meditam?





Jeová condena categoricamente os que procuram misturar práticas religiosas falsas com a adoração pura. O apóstolo Paulo citou a profecia de Isaías e a aplicou aos cristãos, exortando-os a se manterem livres da influência impura da religião falsa. Escreveu: “‘Saí do meio deles e separai-vos’, diz Jeová, ‘e cessai de tocar em coisa impura’; ‘e eu vos acolherei’.” (2 Coríntios 6:17; Isaías 52:11) Os verdadeiros cristãos certificam-se de evitar tudo o que está relacionado com a adoração falsa ou o ocultismo. — João 4:24.



Será que o fato de se usar incenso em cerimônias religiosas e em algumas formas de espiritismo significa que toda queima de incenso é errada? Não necessariamente. Alguém talvez queira queimar incenso como fragrância no lar, só porque gosta do seu cheiro agradável. (Provérbios 27:9) Mesmo assim, para decidir se deve ou não queimar incenso, o cristão deve considerar certos fatores. Será que outros na região em que você mora associariam o uso do incenso com uma prática da religião falsa? Na sua comunidade, é o incenso muitas vezes associado com rituais espíritas? Ou costuma ser usado para fins não-religiosos?



Quando alguém decide queimar incenso, sua decisão deve levar em consideração tanto a sua própria consciência como os sentimentos dos outros. (1 Coríntios 10:29) Nesse caso aplicam-se as palavras do apóstolo Paulo aos romanos. Ele escreveu: “Empenhemo-nos pelas coisas que produzem paz e pelas coisas que são para a edificação mútua. Parai de demolir a obra de Deus só por causa do alimento. Verdadeiramente, todas as coisas são limpas, mas é prejudicial para o homem que come com motivo para tropeço. É bom não comer carne, nem beber vinho, nem fazer algo que faça teu irmão tropeçar.” — Romanos 14:19-21.



Orações que são ‘preparadas como incenso’

A oferta de incenso entre os israelitas era um símbolo apropriado de orações que são ouvidas por Deus. Por isso, o salmista Davi cantou a Jeová: “Seja minha oração preparada como incenso diante de ti.” — Salmo 141:2.



Os israelitas fiéis não encaravam a oferta de incenso como mero rito. Tomavam muito cuidado para preparar e queimar o incenso do modo prescrito por Jeová. Hoje em dia, os cristãos, em vez de usarem incenso literal, fazem orações que refletem profundo apreço e respeito pelo nosso Pai celestial. Assim como o incenso cheiroso ofertado pelos sacerdotes do templo, a Palavra de Deus nos assegura: “A oração dos retos é um prazer para ele.” — Provérbios 15:8.





A Sentinela 01/06/2003








Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui