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Artigos-->A lei ao léu -- 27/04/2004 - 09:41 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A lei ao léu



Ubiratan Iorio - Economista



Sempre que a autoridade se omite, o estado de direito acaba maculado e as conseqüências são imprevisíveis. Nossa Constituição cidadã, ao consagrar o conceito de função social da terra, prestou culto a um truísmo, o de que tudo o que existe na sociedade tem uma função social! As pulgas, por exemplo, geram lucros para os fabricantes de inseticidas e seus fornecedores, farmácias e pet shops, salários para os trabalhadores nessas atividades e juros, dividendos e bonificações para os que negociam ações das empresas ao longo da cadeia produtiva, bem como receitas para o governo. Os olímpicos insetos saltadores são, portanto, benéficos para a economia e para a sociedade... Falar apenas de uma função social da terra - além de ser um pleonasmo - é uma discriminação ideológica, se não se reconhece, também, as funções sociais do mar, do ar, do capital, das pulgas, das meretrizes, dos empresários, dos papagaios, do mercado, do sol, do futebol, do pão de queijo, dos economistas...



É um axioma que todas as associações de pessoas são, por definição, sociais: clubes, torcedores entrando e saindo de um estádio, músicos de uma orquestra, consumidores em um shopping e assinantes lendo todos as manhãs o JB, são exemplos de movimentos da ação humana em busca de maiores níveis de satisfação pessoal, que é o que faz o mundo funcionar. Mas a linguagem politicamente correta que nos é subliminarmente imposta pelas patrulhas de Gramsci faz com que certas associações, mesmo ao arrepio da lei, sejam vistas com benevolência e até com admiração, desde que encontrem abrigo na expressão mágica: movimentos sociais.



As ocupações - mero eufemismo para invasões! - que os baderneiros do MST vêm promovendo precisam ser contidas e seus mentores presos. O direito de propriedade é requisito fundamental ao império da lei, ao lado dos direitos à vida e à liberdade. Não há como tolerar os crimes praticados por hordas enraivecidas portando foices, coordenadas por radicais cujo objetivo é o socialismo mais retrógrado e insufladas por maus sacerdotes que, há muito afastados da doutrina reta da Igreja, procuram conduzir suas ovelhas não para o céu, mas para a terra, mesmo que para isso as ensinem a rezar o Credo libertador marxista, em que o Filho senta-se à esquerda - e não à direita - do Pai.



Não há a necessidade de se fazer uma reforma agrária nos moldes que o MST quer impor, sob a conivência deste governo: dez das mais importantes atividades agropecuárias - arroz, milho, soja, trigo, cana-de-açúcar, reflorestamento, algodão, sorgo, carne bovina e pecuária leiteira - são desaconselháveis em pequenas propriedades, por uma simples questão de baixa produtividade; a história de que é preciso fixar o homem no campo é uma grande balela, pois a população que vive em fazendas na agricultura mais produtiva do mundo, que é a dos Estados Unidos, representa menos de 2% do total; e, além disso, se há um setor da economia que vem sustentando o restante do país - apesar do governo - é o agrícola.



O governo precisa entender que autoridade e autoritarismo não são a mesma coisa, antes que mais vidas humanas sejam ceifadas. O que esses Pol Pots retrógrados desejam para o campo é equivalente ao fechamento das fábricas de automóveis, para obrigar todos a andar de charretes... E a tibieza e conivência das autoridades para com esses marginais e com a desordem social pré-anunciada pelo sr. Stedile têm feito deste mês um abril em que a lei está exposta ao léu!









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