Musa vermelha,
musa branca, musa rosa,
rosa musa dos românticos,
que entre espinheiros,
se mantém assim airosa.
Desabrocha lentamente,
entanto vê-la desabrochar,
não é coisa para amantes,
mas do estudante paciente.
Versos à rosa,
quantos feitos em boa rima,
em rimas desordenadas,
outros em doces cantigas,
também permeiam esta lira.
Lembram todos a elegância,
jamais vista nos pântanos,
é nos jardins que a musa reina,
exalando a sua fragrância.
Tão vaidosa,
que apanhada inda botão
e mui desejosa de vida,
esta sempre aguerrida,
segue sua transformação.
Pois a merecer seu valor,
sorve água a seus pés,
expõe-se defronte ao sol
e já se forma tão fina flor.
Os poemas,
sempre inspirados na beleza,
desta resulta das roseiras,
encerram meus pensamentos,
de quão idêntica leveza.
E suspiros neste tema,
seja a guina dos felizes,
ou a fuga dos infelizes,
não podem gerar dilemas.
Quer vermelhas,
quer sejam brancas ou rosas,
se envoltas em ramalhete,
o brilho trazem aos olhos,
das amadas tão zelosas.
Será este, enfim ?,
o significado melhor,
ou o destino verdadeiro,
desta musa de todo jardim ?
AdeGa/97
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