Há dois meses, aproximadamente, quando o prefeito Valdeci Oliveira ventilou a possibilidade de não ser candidato à reeleição, colocou em polvorosa as hostes petistas. Houve um corre-corre no Paço Municipal.
Acertadamente, o prefeito desejava uma avaliação de seu governo e de suas bodas de prata na vida pública. Valdeci provocou um debate interno e, numa decisão amadurecida em conjunto, tornou-se o candidato de consenso. Unificando o Partido dos Trabalhadores.
Posteriormente, numa decisão dos partidos da Frente Popular, foi aprovada a indicação do vereador Werner Rempel como pré-candidato a vice-prefeito.
Em Santa Maria teremos a dobradinha Valdeci-Werner (VW) à prefeitura.
Seria uma chapa VolksWagen?
Provavelmente, alguns simpatizantes mais criativos e perspicazes enxergarão no “V” de Valdeci e no “W” de Werner a consolidação da segunda vitória da Frente Popular em Santa Maria.
Traduzindo-se a palavra Volkswagen, teremos a expressão “Carro do Povo”. Uma simbologia significativa para uma campanha política. Alguns militantes, tomados por uma euforia otimista, dirão que nada é mais representativo do que o carro do povo para conduzir a vitória nas urnas. Um carro popular para conduzir as mudanças.
A oposição, por sua vez, poderá afirmar que o carro do povo, na versão original, está fora de linha. Fora de moda, com designer ultrapassado e com tecnologia obsoleta.
No uso da ironia, provocar dizendo que o fusca voltou numa versão mais moderna e que somente a fina flor da burguesia pode adquiri-lo. Os petistas retorquirão que esse modelo milionário é uma versão neoliberal e globalizada do fusquinha, o carro mais popular e querido do Brasil.
A verdade é que o brasileiro sente uma simpatia pelo velho fusca, quantos de nós aprendemos a dirigir em um fusca branco 1600, meia tala e com dois carburadores.
O fusquinha foi o refúgio dos amantes quando a grana estava curta. Foi o local preferido para o namoro de jovens apaixonados e, para muitos, a clausura do primeiro e inesquecível beijo.
Quem não guarda na memória as peripécias do simpático fusquinha 53, o Herbie, do filme “Se meu fusca falasse”.
Nós trazemos o fusquinha no coração. E com o coração conduziremos esse carro do povo.
Enfim, está dada a largada da eleição 2004. As três principais candidaturas em Santa Maria estão postas.
Valdeci e Werner têm o compromisso de continuar ampliando a participação popular em Santa Maria. Serão os condutores desse “Carro do Povo” que conduzirá, pela segunda vez, o povo à prefeitura.
Se o fusquinha está ultrapassado ou fora de moda, pouco importa. O que desejamos é que esse fusca seja pilotado em nome do povo.
A partir de hoje até o dia 03 de outubro seremos todos um pouco Valdeci e um pouco Werner. E, certamente, faremos carreatas de fuscas por toda Boca do Monte. E jamais esqueceremos que em nome do povo que esse poder deverá ser exercido.
A grande e verdadeira vitória se dará após quatro anos. Ao olharmos para trás, vermos, conscientemente, que nada foi em vão.
E que o velho fusquinha ultrapassado continuará, simplesmente, em nossos corações.