Uma situação difícil pela qual quase todos nós passamos é a entrevista de emprego. Você está querendo uma oportunidade, uma chance de mostrar seu potencial, mas antes precisa passar pela tal entrevista. Regras para este momento são as mais diversas. Como se comportar, o que falar, o que não falar, como se vestir, que características deve ressaltar ou não e assim vai. Poderia-se encher páginas e mais páginas de um manual de como se comportar em uma entrevista. Elabora-se este tipo de "lista" para evitar que o candidato a uma vaga não cometa nenhuma bobagem que comprometa o resultado da seleção. Graças à falta de conhecimento ou pelo nervosismo, nós cometemos alguns erros graves ao apresentarmo-nos a um emprego.
Este cronista que lhe escreve não fica atrás e já fez das suas. (E o que é que eu ainda não fiz?? Acontece cada coisa em minha vida...) Em uma entrevista, não podemos nos vestir de maneira inadequada, usar um vocabulário que não se encaixe na situação, não podemos também trocar o sexo do fornecedor do emprego. Tá, tá... Eu sei que você deve estar se perguntando: Hein?? É isso mesmo! Trocar o sexo do empregador. E você, meu caro leitor, poderia perguntar novamente: E que tipo de idiota faria isso? E eu respondo: Adivinha... Eu! Só podia ser, não é? Pois é! Eu fiz esta bobagem. Imagino que você possa estar se perguntando como eu fiz isso. Fique calmo, no próximo parágrafo eu explico melhor.
Bem, não era lá uma entrevista como eu vinha falando anteriormente. Mas valem todas as afirmativas que já citei. Na verdade, era uma apresentação de meu trabalho para um site e, como eu consegui um contato, mandei um e-mail para a pessoa responsável pela editoração. Escrevi dizendo estar interessado em participar do site assinando uma coluna periódica, enriquecendo ainda mais o conteúdo do site, etc. Encerrando, aproveitei para dar uma "puxada de saco": "E gostaria de parabenizar a senhora pelo excelente trabalho no site..." O elogio, que por sinal, era justo, já que o site era realmente bom. Alguns dias depois eu recebi a resposta em meu e-mail: "Gostamos muito de seu trabalho e estamos interessados em publicá-lo em nosso site. Só um detalhe: Eu sou homem, mas não se preocupe, está desculpado".Sentado na frente do computador eu tive vontade de que o mundo acabasse em abismo para que eu me atirasse dentro. Que fora maravilhoso! E a minha cara você pode imaginar como ficou...tá certo que eu não estava diante da pessoa, até porque se estivesse não cometeria esta bobagem.
Não querendo justificar, mas já justificando, eu não bobeei tão grandemente assim. A pessoa a qual enviei meu e-mail chamava-se Karim. Você, meu leitor, em uma situação dessa: Como você se dirigiria a esta pessoa? Você não a conhece. Você diria que é um homem ou uma mulher? Tudo bem, tudo bem...pode ser um nome estrangeiro. Mas...acho que tenho lá minhas razões e minhas justificativas para um fora desse tipo, não é? É melhor parar por aqui...de qualquer forma fica a sugestão a todos para não se referirem a ninguém pelo gênero. Tentem usar "a sua pessoa", "você", ou outras variações possíveis. E você, meu leitor (ou leitora), pode ficar tranquilo que este texto já acabou. Até a próxima!
