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Poesias-->ALMA DE ESTRADA -- 06/02/2002 - 11:23 (ALEXANDRE FAGUNDES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Sou alma de estrada

Hoje me descobri assim, feito de chão

Não sou, nunca sou

Sempre estou, desde que não me busquem

Provisoriamente estou – logo apenas estive

Esqueço e esquecem-me rápido



Aqui ou em qualquer lugar

Sou alheio, estrangeiro sempre

Sempre visita (nem sempre desejada)

Sempre marca que desaparece

Desapareço sempre

Sempre deixo cicatrizes



Fiz amizade com cada curva

Conheço o silêncio de cada perigo

Conheço o perigo contido no silêncio

Sei das curvas que levam ao abismo

E dos abismos que as curvas não podem evitar

Sei da sinuosidade que trago no íntimo



Não sou maior ou menor que a maior estrada

Moldo-me nela

Coração, corpo e, se houver alma, também alma

Tudo moldado às rodovias, preso ao chão e querendo céu

Minha vida é via de acesso e perdição

De achar e perder o rumo, de sumir



Hoje aqui, logo lá, breve n`outro lugar

Nada muito, tudo intenso, algo confuso

Sigo em frente para não viver o então

Então sigo os passos que não são meus

Meus, só o desejo e a indiferença

Não sou.; apenas estou - por um instante apenas







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