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Discursos-->O coração vê ao longe... -- 25/03/2006 - 21:35 (•¸.♥♥ Céu Arder .•`♥♥¸.•¸.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos







O que pretendo transmitir com a postagem de hoje é algo que vai saindo, ao sabor do teclado, direto do coração.

E o coração, neste momento em que escrevo, fugiu de seu interior e foi lá fora, colher uma flor perfumada no quintal.

Sim... É uma flor de meu pé de alfazema, em contraste com a ramagem de murta e o gramado um pouco rareado pela sombra.

Nesse pequeno recanto, que mais parece uma gruta composta pelo arranjo próprio das plantas, é onde me recolho para ler e meditar.

É um lugar “único” cheio de magníficas vibrações oscilantes de perfumes... Ali fica, também, um pé de pitanga que joga seus galhos e frutinhas pelo muro, colorindo a calçada exterior...

Foi neste cenário de beleza e aromas que resolvi comunicar-me com vocês, amigos da Usina.
Sei que estou longe. Mas, sei, também, que para o coração não há limites.

Sim...
Segundo nosso grande Rui Barbosa:



“o coração não é tão frívolo, tão exterior, tão carnal, quanto se pensa. Há, nele, mais que um assombro fisiológico: um prodígio moral. É o órgão da fé, o órgão da esperança, o órgão do ideal. Vê, por isso, com os olhos d alma, o que não vêem os do corpo. Vê ao longe, vê em ausência, vê no invisível, e até no infinito vê. Onde pára o cérebro de ver, outorgou-lhe o Senhor que ainda veja; e não se sabe até onde. Até onde chegam as vibrações do sentimento, até onde se perdem os surtos da poesia, até onde se somem os vôos da crença: até Deus mesmo, inviso como os panoramas íntimos do coração, mas presente ao céu e à terra, a todos nós presentes, enquanto nos palpite, incorrupto, no seio, o músculo da vida e da nobreza e da bondade humana.
Para o coração, pois, não há passado, nem futuro, nem ausência. Ausência, pretérito e porvir, tudo lhe é atualidade, tudo presença. Mas presença animada e vivente, palpitante e criadora, neste regaço interior, onde os mortos renascem, prenascem os vindouros, e os distanciados se ajuntam, ao influxo de um talismã, pelo qual, nesse mágico microcosmo de maravilhas, encerrado na breve arca de um peito humano, cabe, em evocações de cada instante, a humanidade toda e a mesma eternidade.”



(trecho de ORAÇÃO AOS MOÇOS)






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