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Artigos-->Da guerra -- 10/05/2004 - 09:53 (Carlos Luiz de Jesus Pompe) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Pergunta: - O que é a Guerra?

Resposta: - A guerra é um ato de violência cujo intuito é obrigar o nosso adversário a se submeter à nossa vontade.



Pergunta: - Qual é o objetivo primordial da guerra?

Resposta: - A finalidade primordial da guerra é desarmar o inimigo.



Pergunta: - Quais são os passos necessários para o conseguir?

Resposta: - Primeiro, o poderio militar deve ser destruído, isto é, reduzido a um tal estado que não possa dar prosseguimento à guerra. Segundo, o país deve ser conquistado, pois no interior do país uma nova força militar poderá ser organizada. Terceiro, a vontade do inimigo deve ser subjugada.



Pergunta: - Existem quaisquer meios de impor a nossa vontade ao inimigo sem preencher essas três condições?

Resposta: - Sim. Existe a invasão, isto é, a ocupação do território inimigo, não com o intuito de conservá-lo, mas a fim de lhe impor o pagamento de tributos ou de devastá-lo.



Pergunta: - Um país que permanece na defensiva pode ter esperanças de ganhar uma guerra?

Resposta: - Sim. Essa intenção negativa, que constitui o princípio da defensiva pura, é também o meio natural para superar o inimigo pela duração do combate, isto é, levá-lo ao desgaste e exaustão. Se o propósito negativo, isto é, a concentração de todos os recursos num estado de pura resistência, proporciona uma superioridade no duelo e se essa vantagem é suficiente para compensar a superioridade numérica que o adversário possa ter, então a mera duração da luta bastará, gradualmente, para levar a força do adversário a um ponto em que o objetivo político já não pode ser um equivalente, um ponto em que, portanto, ele terá de renunciar ao duelo. Vemos, pois, que essa categoria de meios, o desgaste e a exaustão do inimigo, inclui o grande número de casos em que o mais fraco resiste ao mais forte.



Frederico, o Grande, durante a Guerra dos Sete Anos, nunca foi suficientemente forte para derrubar a monarquia austríaca. Se tentasse fazê-lo, à maneira de Carlos XII, ele próprio teria inevitavelmente de sucumbir. Mas, depois da sua habilidosa aplicação do sistema de economia de recursos ter mostrado às potências aliadas contra ele, numa luta de sete anos, que o desgaste real de energias excedia largamente o que tinham inicialmente previsto, fizeram a paz.



As respostas foram todas dadas por Clausewitz, que sabia muito bem o que respondia. São de leitura árida e penosa, mas há tanta besteira escrita, pensada e dita sobre a guerra que é necessário reverter ao velho Einstein das batalhas para vermos o precedente militar pelo qual o povo iraquiano continua lutando. Se estudarmos meticulosamente aqueles dois parágrafos de Clausewitz sobre o poder da defensiva, compreenderemos por que haverá guerra no Iraque por longo tempo.



***



Onde está escrito "o povo iraquiano", substitua-se por "a República Espanhola"; aonde vai grafado "no Iraque", coloque-se "na Espanha", e surgirá o original deste texto, escrito em 11 de agosto de 1938 pelo jornalista Ernest Hemingway, abordando a luta entre republicanos e fascistas-franquistas na guerra civil que martirizou a terra de Cervantes no início do século passado.



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