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Poesias-->Ocaso -- 06/02/2002 - 22:12 (José Francisco Bessa da Costa) |
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OCASO
Recebi certo dia um chamado
para um serviço na quadra 6 do Sudoeste
refazer um sistema elétrico
que com problema se encontrava
Chegando ao prédio indicado
O síndico que me esperava informou
Que o zelador na torre do para-raio
Ao trocar uma lâmpada expirou
Por causa de um serviço trivial
Ainda jovem a morte o levou
Choque fatal de um fio solto
Sua vida assim findou
Terminando o serviço proposto
No meio de pedaços de luvas cirúrgicas
Deixados pelo legista recentemente
Pude sentir a morte presente
Olhando do alto do edifício
Vi o sol se pondo no horizonte
Um pensamento veio de repente
Fazendo meu corpo todo estremecer
Vendo o céu assim tão de perto
E o dia assim terminando
Minha alma se encheu de angustia
Uma prece a Deus elevei
”Ajudai-me ó Altíssimo na sua clemência
que antes do ocaso da minha existência
tenha sabedoria e prudência de convencer
aquela que meu coração clama, que a amo”
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