Numa fuga desesperada
pela floresta encantada
me encontrei num
emaranhado de espinhos,
quanto mais tentava sair,
mais eu me machucava,
sem saber que eu estava
me afundando cada vez mais.
A umidade da floresta
me ruborizava a face,
o mofo em que me
encontrava, me corroia,
nada me salvava
daquela mentira densa,
escura, em que me encontrava,
sorria olhando o céu
para impedir que uma
lagrima traiçoeira
manchasse a minha sorte.
Vi os raios do arrependimento
penetrar por entre as arvores
e iluminar uma flor,
uma única flor, uma somente,
que nascera dentro de mim,
a flor da razão.
Me agarrei a ela e consegui
sair dos espinhos, daquela mentira
que deixou-me livre o coração!
18/12/2001 |