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Artigos-->A cubanização da Venezuela -- 19/05/2004 - 10:10 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Assessores cubanos escoram Chávez



Cresce a presença de assessores cubanos na Venezuela, em apoio ao governo Chávez.



© 2004 MidiaSemMascara.org



CARACAS – Em uma iniciativa que aumenta a preocupação dos Estados Unidos, o presidente Hugo Chávez colocou dúzias de “assessores” cubanos em seus serviços de intelgiência e em ministérios chave, segundo afirmam diplomatas estrangeiros e antigos funcionários venezuelanos.



O desdobramento marca uma significativa expansão da influência cubana na segurança e nos assuntos governamentais da Venezuela, que já incluem um número estimado de 10.000 médicos cubanos trabalhando em bairros pobres e dúzias de treinadores desportivos.



O aumento dos assessores cubanos fez crescer as preocupações norte-americanas sobre Chávez, um populista esquerdista que considera Fidel Castro como seu mentor, assim como sobre a expansão da influência de Havana na região.



“Vemos uma expansão muito preocupante da infiltração castrista na Venezuela sob Chávez; os assessores cubanos são sempre algo mais sinistro do que simples técnicos”, disse um funcionário do Departamento de Estado que monitora a situação na Venezuela.



A preocupação de Washington aumentou em fins de março, quando a Venezuela retirou seu contingente militar do Instituto de Cooperação para a Segurança no Hemisfério Ocidental do Exército dos Estados Unidos, a velha Escola das Américas, que agora está situada em Fort Benning, Geórgia, segundo funcionários americanos.



Antigos funcionários do governo de Chávez disseram que a maioria das dúzias de assessores cubanos foram detectados nas seguintes agências governamentais:



- Direção dos Serviços de Inteligência e Prevenção, DISIP, principal agência de inteligência do país;

- Departamento de Inteligência Militar, o DIM;

- Banco Central;

- Ministério do Interior, em geral, a cargo dos assuntos nacionais;

- Departamento de Imigração, conhecido como DIEX.



Os antigos funcionários solicitaram anonimato para proteger seus amigos que ainda estão no governo, e que disseram que os estavam mantendo informados sobre a presença cubana na Venezuela.



Diplomatas estrangeiros em Caracas, cuja missão inclui monitorar os cubanos, disseram ter verificado com seus contatos no governo que foram colocados assessores cubanos em vários ministérios.



Altos funcionários do governo não responderam a diversas solicitações do Herald para que comentassem, porém o embaixador venezuelano em Washington disse que os cubanos na Venezuela estavam dedicados fundamentalmente a atividades humanitárias.



“Não se preocupem”, disse o embaixador Bernardo Alvarez Herrera na Voz das Américas, segundo a Agência France Press. “As pessoas que estão lá encontram-se fundamentalmente fazendo trabalho social”.



Os opositores de Chávez, entretanto, alegam que os assessores cubanos estão aqui em grande medida para fortalecer a segurança e a capacidade de inteligência do governo e dirigir o desenvolvimento de suas políticas esquerdistas e virulentamente anti-americanas.



Roger Noriega, secretário de Estado adjunto para assuntos do Hemisfério Ocidental, sugeriu recentemente que a Venezuela e Cuba criaram um eixo de subversão para desestabilizar os governos democráticos e pró-Estados Unidos da região.



“É bastante óbvio que o presidente Chávez não se considera a si mesmo como o melhor amigo dos Estados Unidos”, disse Noriega. “Porém, quanto a Fidel Castro, está muito claro que está cada vez mais ativo na região. E isto tem suscitado grandes preocupações entre dirigentes latino-americanos, porque compreendem que ele não apoia o processo democrático e que poderá estar tratando de solapá-los em seus próprios países”.



O secretário de Estado adjunto, Peter DeShazo, havia expressado ceticismo sobre a afirmação de que os cubanos na Venezuela só estavam envolvidos em atividades humanitárias. “Alguns estão dedicados à saúde e à educação”, disse DeShazo na Voz das Américas. “Esperemos que suas atividades estejam limitadas a isso”.



Manuel Heinz, um chefe da DISIP antes da chegada de Chávez ao poder, disse que os vínculos cubanos com a agência de inteligência começaram a ganhar entusiasmo depois que o primeiro nomeado por Chávez para encabeçar a DISIP, deixou de cooperar com os Estados Unidos, e com os serviços de inteligência israelitas.



Jesús Ordaneta, o primeiro chefe chavista da DISIP e um confidente próximo do mandatário até 2000, não respondeu às solicitações do Herald para uma entrevista. Porém, em um recente livro se jactou de haver rompido os vínculos com a CIA e com o Mossad.



A versão norte-americana é que Washington reduziu sua cooperação com a DISIP em meados de 2001, devido a seus crescentes vínculos com os serviços de inteligência cubanos.



Não se pôde contactar os funcionários cubanos na Venezuela para que comentassem. Porém, em janeiro Castro deixou entrever que Chávez havia convertido a Venezuela em algo mais que um país amigo. Os funcionários dos Estados Unidos “estão dizendo que vou morrer logo e que morto o cão, acabou-se a raiva”, disse Castro. “Bem, agora a Venezuela tornou-se um cão”.



Publicado originalmente pelo Miami Herald.

Fonte: VenezuelaNet.org



Tradução: Graça Salgueiro



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