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Textos_Religiosos-->Bento XVI adverte contra o novo ecopanteísmo -- 18/12/2009 - 09:23 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Bento XVI adverte contra o novo “ecopanteísmo”

O homem é superior à natureza, afirma o Papa

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 15 de dezembro de 2009

ZENIT.org

O respeito à natureza está estreitamente relacionado ao respeito à pessoa humana, pois “o livro da natureza é único”.
Portanto, o respeito pelo meio ambiente não pode estar contra o respeito à pessoa humana, à sua vida e à sua dignidade. Ao contrário, o homem é superior ao resto da criação e por isso tem o dever de cuidar dela e protegê-la.

Assim afirma o Papa Bento XVI em sua mensagem por ocasião do próximo Dia Mundial da Paz, que será celebrado em 1º de janeiro de 2010, e que dedicou este ano à questão do respeito ao meio ambiente, necessário para promover a paz do mundo.

Na mensagem, o Papa adverte contra as atuais tendências filosóficas que levam a considerar o ser humano como um perigo para o meio ambiente e que inclusive propugnam o controle da população como uma medida de proteção da natureza.

Bento XVI explica que “uma visão correta da relação do homem com o ambiente impede de absolutizar a natureza ou de a considerar mais importante do que a pessoa”.

“Se o magistério da Igreja exprime perplexidades acerca de uma concepção do ambiente inspirada no ecocentrismo e no biocentrismo, fá-lo porque tal concepção elimina a diferença ontológica e axiológica entre a pessoa humana e os outros seres vivos.”

Deste modo, adverte o Papa, “chega-se realmente a eliminar a identidade e a função superior do homem, favorecendo uma visão igualitarista da ‘dignidade’ de todos os seres vivos”.

Este “igualistarismo” falso faz parte, explica, de um “novo panteísmo com acentos neopagãos que fazem derivar apenas da natureza, entendida em sentido puramente naturalista, a salvação para o homem”.

“Ao contrário, a Igreja convida a colocar a questão de modo equilibrado, no respeito da ‘gramática’ que o Criador inscreveu na sua obra, confiando ao homem o papel de guardião e administrador responsável da criação, papel de que certamente não deve abusar, mas também não pode abdicar”, esclarece.

O Papa explica que “há uma espécie de reciprocidade: quando cuidamos da criação, constatamos que Deus, através da criação, cuida de nós”.

“Com efeito, a posição contrária, que considera a técnica e o poder humano como absolutos, acaba por ser um grave atentado não só à natureza, mas também à própria dignidade humana”, acrescenta.

Ecologia humana

Neste sentido, o Papa sublinhou que uma verdadeira proteção da natureza está intimamente relacionada com o respeito à dignidade da pessoa, o que se chama de “ecologia humana”.

“Os deveres para com o ambiente derivam dos deveres para com a pessoa considerada em si mesma e no seu relacionamento com os outros”, afirma o pontífice.

Neste sentido, sublinha a importância de uma educação na responsabilidade ecológica que “salvaguarde uma autêntica ecologia humana”.

É necessário afirmar, “com renovada convicção, a inviolabilidade da vida humana em todas as suas fases e condições, a dignidade da pessoa e a missão insubstituível da família, onde se educa para o amor ao próximo e o respeito da natureza”.

“É preciso preservar o patrimônio humano da sociedade. Este patrimônio de valores tem a sua origem e está inscrito na lei moral natural, que é fundamento do respeito da pessoa humana e da criação”, acrescenta o Papa.

“Não se pode pedir aos jovens que respeitem o ambiente, se não são ajudados, em família e na sociedade, a respeitar-se a si mesmos: o livro da natureza é único, tanto sobre a vertente do ambiente como sobre a da ética pessoal, familiar e social.”

Bento XVI sublinha que a Igreja “tem a sua parte de responsabilidade pela criação e sente que a deve exercer também em âmbito público, para defender a terra, a água e o ar, dádivas feitas por Deus Criador a todos, e antes de tudo para proteger o homem contra o perigo da destruição de si mesmo”.

“Com efeito, a degradação da natureza está intimamente ligada à cultura que molda a convivência humana, pelo que, quando a ‘ecologia humana’ é respeitada dentro da sociedade, beneficia também a ecologia ambiental.”

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Papa pede mais pesquisa sobre meio ambiente

Energia solar e melhor gestão dos recursos naturais: fatores essenciais

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 15 de dezembro de 2009

ZENIT.org

A crise ecológica pode ser uma “oportunidade histórica” para a humanidade, para revisar modelos econômicos baseados no “mero consumo” e promover um autêntico “desenvolvimento integral”.
Assim propõe o Papa Bento XVI em sua mensagem para o próximo Dia Mundial da Paz (1º de janeiro de 2010), que foi divulgada hoje pela Santa Sé, com o título “Se quiseres cultivar a paz, preserva a criação”.

Nela, o pontífice adverte que, para promover a paz entre os povos, é necessário revisar várias questões ligadas ao meio ambiente, especialmente o acesso aos recursos naturais e a exploração energética.

“Um dos nós principais a enfrentar pela comunidade internacional é, sem dúvida, o dos recursos energéticos, delineando estratégias compartilhadas e sustentáveis para satisfazer as necessidades de energia da geração atual e das gerações futuras.”

Por isso, o Papa considera necessário “que as sociedades tecnologicamente avançadas estejam dispostas a favorecer comportamentos caracterizados pela sobriedade, diminuindo as próprias necessidades de energia e melhorando as condições da sua utilização”.

“A crise ecológica oferece uma oportunidade histórica para elaborar uma resposta coletiva tendente a converter o modelo de desenvolvimento global segundo uma direção mais respeitadora da criação e de um desenvolvimento humano integral, inspirado nos valores próprios da caridade na verdade”, assegura.

É necessário adotar “um modelo de desenvolvimento fundado na centralidade do ser humano, na promoção e partilha do bem comum, na responsabilidade, na consciência da necessidade de mudar os estilos de vida e na prudência, virtude que indica as ações que se devem realizar hoje na previsão do que poderá suceder amanhã”, acrescenta.

Energia “limpa”

Para isso, afirma o Papa, “é preciso promover a pesquisa e a aplicação de energias de menor impacto ambiental e a redistribuição mundial dos recursos energéticos, de modo que os próprios países desprovidos possam ter acesso aos mesmos”.

Bento XVI aponta como opção de futuro “as pesquisas que visam identificar as modalidades mais eficazes para explorar a grande potencialidade da energia solar”.

“A mesma atenção se deve prestar à questão, hoje mundial, da água e ao sistema hidrogeológico global, cujo ciclo se reveste de primária importância para a vida na terra, mas está fortemente ameaçado na sua estabilidade pelas alterações climáticas.”

Outro setor sobre o qual o Papa chama a atenção é o meio rural, com “apropriadas estratégias de desenvolvimento rural centradas nos pequenos cultivadores e nas suas famílias”, assim como “políticas idôneas para a gestão das florestas, o tratamento do lixo, a valorização das sinergias existentes no contraste às alterações climáticas e na luta contra a pobreza”.

“São precisas políticas nacionais ambiciosas, completadas pelo necessário empenho internacional que há de trazer importantes benefícios sobretudo a médio e a longo prazo.”

Mais pesquisa

O Papa afirma que atualmente “muitas são as oportunidades científicas e os potenciais percursos inovadores, mediante os quais é possível fornecer soluções satisfatórias e respeitadoras da relação entre o homem e o ambiente”.

“A fim de guiar a humanidade para uma gestão globalmente sustentável do ambiente e dos recursos da terra, o homem é chamado a concentrar a sua inteligência no campo da pesquisa científica e tecnológica e na aplicação das descobertas que daí derivam.”

“Isto poder-se-ia realizar mais facilmente se houvesse cálculos menos interesseiros na assistência, na transferência dos conhecimentos e tecnologias menos poluidoras.”

A tecnologia, recorda o Papa, “nunca é simplesmente técnica; mas manifesta o homem e as suas aspirações ao desenvolvimento, exprime a tensão do ânimo humano para uma gradual superação de certos condicionamentos materiais”.

A solidariedade científica é uma atitude essencial para “orientar o compromisso de tutela da criação através de um sistema de gestão dos recursos da terra melhor coordenado a nível internacional, sobretudo no momento em que se vê aparecer, de forma cada vez mais evidente, a forte relação que existe entre a luta contra a degradação ambiental e a promoção do desenvolvimento humano integral”.

Em definitivo, afirma, “sair da lógica de mero consumo para promover formas de produção agrícola e industrial que respeitem a ordem da criação e satisfaçam as necessidades primárias de todos”.

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Bento XVI: “Não há paz sem respeito à criação”

Mensagem para o próximo Dia Mundial da Paz

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 15 de dezembro de 2009

ZENIT.org

A promoção da paz no mundo e o respeito do meio ambiente estão intimamente relacionados. Assim afirma o Papa Bento XVI em sua mensagem para o próximo Dia Mundial da Paz, intitulada “Se quiseres cultivar a paz, preserva a criação”.
A Santa Sé divulgou hoje a mensagem para 2010, que, como é tradição, acontece no dia 1º de janeiro. Sempre nesta data, desde Paulo VI, cada Papa dedicou uma reflexão sobre questões de atualidade relativas à paz no mundo.

A mensagem deste ano está dedicada à questão do meio ambiente e o próprio Bento XVI explica que o motivo de ter escolhido este tema é que a salvaguarda do meio ambiente “se tornou hoje essencial para a convivência pacífica da humanidade”.

Entre as muitas ameaças à paz, “não são menos preocupantes os perigos que derivam do desleixo, se não mesmo do abuso, em relação à terra e aos bens naturais que Deus nos concedeu”, afirmou o Papa.

O pontífice recordou que já em 1990, seu predecessor João Paulo II falou de “crise ecológica”, destacando “a urgente necessidade moral de uma nova solidariedade”.

“Hoje, com o proliferar de manifestações duma crise que seria irresponsável não tomar em séria consideração, tal apelo aparece ainda mais premente”, sublinhou o Papa.

Entre elas, citou a mudança climática, a desertificação, o deterioro e a perda de produtividade de amplas regiões agrícolas, a contaminação dos rios e das capaz aquíferas, a perda da biodiversidade, o aumento de sucessos naturais extremos, o desmatamento das áreas equatoriais e tropicais.

Também se referiu aos conflitos causados pelo acesso aos recursos, assim como ao “fenômeno crescente dos chamados ‘prófugos ambientais’, ou seja, pessoas que, por causa da degradação do ambiente onde vivem, se veem obrigadas a abandoná-lo”.

“Trata-se de um conjunto de questões que têm um impacto profundo no exercício dos direitos humanos, como, por exemplo, o direito à vida, à alimentação, à saúde, ao desenvolvimento”, afirma.

Dever moral

O cuidado do meio ambiente supõe um dever de caráter ético com relação aos pobres, que são os que sofrem mais as consequências da degradação do meio ambiente, e as futuras gerações.

“Não se pode avaliar a crise ecológica prescindindo das questões relacionadas com ela, nomeadamente o próprio conceito de desenvolvimento e a visão do homem e das suas relações com os seus semelhantes e com a criação”, afirma o Papa.

É necessário, portanto, “realizar uma revisão profunda e clarividente do modelo de desenvolvimento e também refletir sobre o sentido da economia e dos seus objetivos, para corrigir as suas disfunções e deturpações”.

“Exige-o o estado de saúde ecológica da terra; reclama-o também e sobretudo a crise cultural e moral do homem, cujos sintomas há muito tempo que se manifestam por toda a parte.”

A raiz da crise é que “o ser humano deixou-se dominar pelo egoísmo, perdendo o sentido do mandato de Deus, e, no relacionamento com a criação, comportou-se como explorador, pretendendo exercer um domínio absoluto sobre ela”.

“Quando o homem, em vez de desempenhar a sua função de colaborador de Deus, se coloca no lugar de Deus, acaba por provocar a rebelião da natureza, mais tiranizada que governada por ele”, advertiu.

Por um lado, existe uma responsabilidade pelos países mais pobres, que “experimentam dificuldades cada vez maiores, porque muitos se descuidam ou se recusam a exercer sobre o ambiente um governo responsável”.

Por outro lado, corre-se o risco de hipotecar o futuro das próximas gerações, pois “ritmo atual de exploração põe seriamente em perigo a disponibilidade de alguns recursos naturais não só para a geração atual, mas sobretudo para as gerações futuras”.

“A degradação ambiental é muitas vezes o resultado da falta de projetos políticos clarividentes ou da persecução de míopes interesses econômicos, que se transformam, infelizmente, numa séria ameaça para a criação.”

“Os custos resultantes do uso dos recursos ambientais comuns não podem ficar a cargo das gerações futuras”, sublinha Bento XVI.

A crise ecológica “manifesta a urgência de uma solidariedade que se projete no espaço e no tempo. Com efeito, é importante reconhecer, entre as causas da crise ecológica atual, a responsabilidade histórica dos países industrializados”.

“Contudo, os países menos desenvolvidos e, de modo particular, os países emergentes não estão exonerados da sua própria responsabilidade para com a criação, porque o dever de adotar gradualmente medidas e políticas ambientais eficazes pertence a todos”, afirma o Papa.



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