Dá-me tua mão!
Peço-a para meus olhos.;
Desejo-a para meus ombros.;
Dela necessito para a alma,
Para o bálsamo dos pequenos dramas...
Para a paz que este dia violentou.
Dá-me, concede-me o que só você tem!
Concede-me o que não tem nome...
Permite-me viver aquilo que o teu nome traduz.
E tanto traduz teu nome...
Teus olhos traduzem o todo
E toda a minha dor é ainda não tê-los...
Se não existires, exista só por hoje!
Se fores, de fato, utopia
Sejas,por agora, real.
E, lhe prometo, um instante junto a ti
Há de fazer-me tão forte,
Que até à tua inexistência resistirei!
Vem justificar-me a existência!
Vem, que hei de entender quando partires.;
Hei de entender que não lhe merece este mundo
E serei feliz em tê-la merecido por um segundo.
Um pequeno pedaço da eternidade...
Uma eterna jóia do amor.
31/05/2000
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