Ah, como é bom calar os racionais!
Como recompensa-me ruborizar os pessimistas.
Que grande alegria é rir dos pragmáticos
E ter, ao seu lado, a certeza do dito incerto.
Ah, minha alma exulta!
Cada sorriso precede outro maior.
É tanto de bom e tanto mais virá,
Que, por não merecê-lo, estou em débito com Deus.
Ah, este Deus de eterno bem!
Criou-nos a todos à sua imagem,
Mas, com todo respeito à divina justiça,
Posso vê-lo, bem maior, somente em ti.
Devia calar, mas ouso cantar-se!
Faço-o com meus versos pobres,
Mas, na singeleza das estrofes,
Desejo traduzir a magnitude que, de ti, em mim surgiu.
Francamente, não pretendo mais que isso,
Que esta alegria incontrolável.
Não sou dono da felicidade de agora.;
É ele, como você, quem me conduz.
31/5/2000
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