Só quando reflectidamente raciocino, é que constato que estou a bater-me renhidamente pelo ideal que considero ser o genuíno embrião da humanidade. De resto, sem dar por isso, a minha postura é de permanente combate.
E por que causa combato eu? Combato para abrir à inteligência humana as portas da masmorra dos arcanos, onde a existência, por se subordinar voluntariamente ao que não existe, sofre e destrói-se estupidamente entre si. Sequer distingue quem são os tenazes carcereiros que vão fruindo, como abutres, as benesses que escorrem do desmando.
António Torre da Guia |