Minha arma/minha caneta
mina cabeça/minha oficina.
A boca é a última
que fala e a primeira
que apanha...
A boca primeiro beija,
depois diz:- te amo-,
ao pé-do-ouvido.
Roupa vermelha
me espanta,
fumaça, óleo díesel,
cachaça,
teia quem tece
é aranha.
Minha rua é
minha casa
aqui eu sou importante
fico contente, falante,
sinto-me quase moderno
calção, camiseta, chinelo.
Sou aqui loucompleto,
o povo escreve
eu locupleto
e descobri um furo-
de-minhoca completo
na métrica do espaço-tempo
eu inventei o mais moderno
quebra-nozes do Universo
a verdadeira máquina-do-tempo.
Vou redescobrir
o Brasil
vou redescobrir a América
Jesus salve a perereca
vem prá cá sua moleca
vem pecar
comer moqueca.
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