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Artigos-->Sartre e o Pregador: das incertezas e vaidades -- 13/09/2001 - 17:53 (Anderson O. de Paula) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Bem que disseram - e eu também já estava sabendo - que não é lá grande coisa fazer certos planos.

Não temos certezas de nada, a não ser das coisas que se passaram e da morte, que ainda há de vir.

Parece papo de maluco - e acho que até é. Por isso, segue um aviso: Não espere muito dessas linhas; esse texto não foi escrito para ser lido; estou apenas passando tempo; divagando sobre questões que me são, por hora, interessantes.

Sei, porém, que esse aviso será ignorado. Já te conheço (e mesmo se não conhecesse) e entendo que

a obediência, ao menos nesses casos, não é seu forte; sua curiosidade é campeã!

Mesmo assim, talvez não lhe seja tempo perdido, pode ser que encontre alguma palavra,

ou até uma frase inteira, que lhe tenha proveito.

Enfim, dizia sobre planos.

Nessa manhã acordei com uma putavontade de escrever algo sobre "Recordação da Casa do Mortos",

um livro de Dostoíevskí que estou lendo. Seria especificamente de um capitulo que li ontem antes de pegar no sono.



Mas cedo fui à Faculdade, coisa que fiz uma vez nessa semana, e tive em mãos um texto de uma amiga. Estava sobre uma mesa e chamou minha atenção logo de cara: "Reflexos de nós mesmos"

Longe da minha genialidade fazer um texto igual, ela escreveu sobre as pessoas que se observam através do espelho.

Foi agradável ler suas idéias das pessoas se olhando ao acordarem com a boca aberta repleta de Sorriso - a pasta de dente e não o sorriso em si - , penteando os fios rebeldes que descaracterizam a franja, passeando pela Avenida Paulista e dando uma olhadela com o rabo dos olhos, nos edifícios espelhados.

O que mais encantou não foi essa percepção, que aliás é óbvia, mas sim quando disse que existem pessoas que se olham com muita freqüência, quase compulsivamente: estas são inseguras.

Inseguras em relação à forma que os outros as enxergam, por isso sempre estão fiscalizando a própria imagem.

Lendo fui concordando com o balançar da cabeça e com o sorriso dos olhos, afinal de contas nunca agradaremos a todos, nem Jesus conseguiu. Então, ora bolas, não faz sentido. Somos o que somos e pronto.

Bom, falei tudo isso, mas nem sei porque. A propósito, no começo desse texto disse que não é lá grande coisas fazer certos planos, pois não temos certezas de nada.

Mas deixa eu arrematar a idéia da minha amiga: "...é bom ter vaidade, precisamos cuidar dessa carcaça perecível, mas com exageros caracteriza-se insegurança".

Tá vendo, tinha certeza de que iria escrever sobre Dostoíevskí e acabei escrevendo sobre um texto de uma amiga, talvez ele tenha servido de alguma coisa.

É como diz Humberto Gessinger do Engenheiros do Hawai, inspirado em Jean Paul-Sartre, em sua música Infinita Highway: "A dúvida é o preço da pureza e é inútil ter certeza", ou o Pregador de Eclesiastes: "E olhei eu para todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também para o trabalho que eu, trabalhando, tinha feito, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito, e que proveito nenhum havia debaixo do sol".





Anderson

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