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Poesias-->BUSCA INSANA -- 13/02/2002 - 14:04 (Moisés de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
BUSCA INSANA



Procuro teu rosto em vão,

No espelho quebrado de minhas lembranças.

Procuro teu cheiro então,

No sorriso perdido em minhas andanças,

Com esperança...

Na solidão que me deixaste de herança.



Procuro o macio dos teus seios,

Me perco,

Me encontro no anseio,

Devaneio,

De me sentir só pelo meio,

Sem o esteio da tua paixão.

Tu nem imaginas o quanto me enches de aflição!



Te busco nas ruas, nas esquinas,

Nos goles etílicos do caminho,

Nos bordéis,

Nos meus ninhos,

E não te encontro nem mesmo nos espinhos,

Cravados no meu peito,

Pela dor da saudade,

Que fez casa em nosso leito.



Procuro teu hálito quente,

Demente,

Ardente e envolvente,

Deveras inconseqüente.

Oh! Maldita Deusa da minha fantasia!

Sereia de orgasmo vertiginoso,

Que zomba da minha agonia,

Com ironia,

Mãe da hipocrisia,

Puta, vaca, vadia!

Doce meretriz que me alforria...

Que importa o teu nome?

Se em tua boca o meu “Eu” se consome.

Venha depressa!

Nua, crua.

Mate minha fome!



Procuro o ópio do teu olhar,

Nas estrelas do céu,

Ou nas do fundo do mar.

No brilho do sol,

Na benevolência do luar.

Enfim,

Em qualquer lugar,

Onde minh’alma possa descansar.



E continuo te procurando assim:

No encalço infinito do teu batom carmim...

No desejo acalentado pelo beijo,

No suor do teu ventre,

Para sempre,

Eternamente,

Em minha mente,

Inutilmente, dentro de mim.



Pois a muito tempo,

Tanto tempo,

Que até “Chronos” se esqueceu:

Perdi tudo,

Perdi você,

Perdi a mim, nesta busca insana e sem fim.

Que colocou entre nós este muro,

Duro.

Passo as noites em claro, tateando no escuro,

Me amarguro,

No âmago obscuro do meu ser.

Do amanhecer ao anoitecer.;

À um só passo do “enlouquecer”...

Por isso, procuro, procuro, procuro...



Autor: M.Buendía
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