Em 1975, um homem consultou o médico em Milão, na Itália. Os níveis totais de colesterol em seu sangue se encontravam tão altos que ele deveria estar morto. Mas as artérias se achavam desobstruídas e o coração batia normalmente. O que os cientistas aprenderam com esse paciente levou à criação de um remédio que talvez reduza o acúmulo de placa e a necessidade de cirurgia.
Tudo graças a um gene alterado, o Apo A-1 Milano, transmitido por um antepassado do paciente. O gene fortalece o HDL de modo a eliminar o LDL com eficiência.
Nas duas últimas décadas cientistas estudaram como funciona o Apo A-1 Milano. Em 2001, médicos da Fundação Clínica de Cleveland e de outros centros médicos começaram a administrar por método intravenoso uma versão sintética do super HDL em 36 pacientes. Depois de cinco semanas, ultra-sonografias das artérias mostraram que o tratamento desobstruíra o equivalente a vários anos de placa. Se outras experiências confirmarem o resultado, o remédio pode estar disponível em dez anos.
Um iogurte com ômega-3, cálcio, fibra e vitamina B6 em quantidades superiores à encontrada nas marcas comuns, desenvolvido pelo Instituto Mauá de Tecnologia (SP), é indicado sobretudo para a terceira idade. Enriquecer o alimento dessa forma altera o sabor, mas o instituto encontrou uma fórmula agradável, nas versões mel, morango e natural. As quantidades foram calculadas com base na Ingestão Nutricional Diária Recomendada para maiores de 65 anos.
Ficar livre das cáries sem o desconforto do motorzinho e da anestesia por um preço reduzido. Isso hoje é possível com o Papacárie, um gel à base de papaína, retirada da casca do mamão, que remove uma cárie em até 40 segundos.
A descoberta é da pesquisadora e professora da Faculdade de Odontologia da Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES), Sandra Kalil Bussadori. Apesar de não ser o primeiro no mundo, o gel brasileiro certamente é o mais barato. O tubo do produto importado custa em média R$ 200. Já o Papacárie, que foi liberado pelo Ministério da Saúde, custa R$ 30. O produto foi testado em 60 dentes de crianças de 5 a 9 anos e 30 molares de adolescentes e adultos de até 23 anos.
De acordo com a pesquisadora, até as cáries mais profundas podem ser removidas: a utilização do Papacárie é ineficaz somente quando a cárie está escondida. Isso porque o gel decompõe a cárie, e o resíduo tem de ser raspado com um instrumento. "Há locais onde é impossível raspar", explica Sandra.
Enfarte: o que as mulheres não sabem
Os médicos dizem que dor no peito é sinal de ataque cardíaco. Pode ser verdade para os homens, mas num estudo da Universidade de Arkansas, 43% das mulheres que sobreviveram a ataques cardíacos não sentiram dor no peito.
Isso talvez explique por que tantas mulheres demoram a buscar ajuda, diz a autora do estudo Jean McSweeney, embora 95% delas apresentem sintomas como cansaço, falta de ar e ansiedade, mais de um mês antes do ataque.
Esses sinais podem ser tão importantes quanto os tradicionais fatores de risco (histórico familiar, cigarro, colesterol alto). Quem sentir o início de qualquer um desses sintomas, ou o agravamento deles, deve procurar o médico. "Se reconhecermos logo os indícios - e isso é possível, uma vez que as mulheres apresentam os sintomas durante mais de um mês -, teremos tempo de sobra para nos tratar e impedir ou retardar o ataque cardíaco", diz Jean.
Bico X amamentação
Bebês que usam chupeta têm mais do que o dobro de chances de deixar de mamar exclusivamente no peito da mãe durante os primeiros seis meses do que os que não a usam. É o que prova a pesquisa feita com 250 recém-nascidos do Hospital das Clínicas de Porto Alegre. Dos bebês pesquisados, 50,8% dos que usavam chupeta deixaram de ser amamentados antes dos seis meses. Entre os que não a usavam, 22,4% largaram o peito antes desse prazo.
"A criança que usa chupeta vai menos ao peito da mãe. Assim, a mama passa a ser menos estimulada a produzir leite", diz a pediatra Elsa Regina Giugliani, coordenadora da pesquisa. Do total de crianças que participaram do levantamento, 61,6% já estavam usando bico na primeira semana de vida. Em 72% dos casos, foi a mãe que ofereceu a chupeta.
