19 DE JUNHO
ANIVERSÁRIO DE RIBEIRÃO PRETO
Quando chega junho, recordo-me dos antigos poetas que freqüentaram as colunas literárias de jornais que, deixaram de existir. Hoje, sinto como os poetas de ontem fazem falta. O Mário Moreira Chaves “brigando” pelas palmeiras da praça Carlos Gomes e Jerônimo Gonçalves, defendendo a arquitetura original do Teatro Pedro II e do quarteirão Paulista ou cobrando a destino dos postes de iluminação da Nove de Julho.
Hoje em nome da”História” quanta “lenda”... Aos que aqui chegam com o advento dos conjuntos de habitação, tudo é festa. Entretanto aos que aqui nasceram e têm raízes de família, pesa ver que os monumentos, o quarteirão paulista, a praça XV, as esculturas e a praça Camões, o padre Euclides, os mármores dos sepulcros da Saudade e tantas coisas que, somem com martelos que inventam a nova história. Como sofrem os autores dos próprios livros... Que saudades de Ribeirão Preto dos tempos da originalidade! Saudade da tradição... Foram-se também o livro de Prata, os simpósios de literatura, o acervo dos escritores locais, os Jogos Florais...Evapora-se todo o belo de outrora... Ribeirão Preto formosa, o teu destino nos diz, serás a mais gloriosa das cidades do País?
(Nilton Manoel – conselheiro de cultura de gestões passadas)
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