Nos anos sessenta, na rua general Osório, poetas, artistas plásticos, atores do teatro amador e os estudantes reuniam-se para o bate papo cultural. Saudades da velha panificadora que servia de ponto de referência para diversos poetas românticos, parnasianos e concretistas... A práxis do momento. Os anos setenta abrem-se com a praça XV festiva recebendo trovadores e plantando trovas em volta da Fonte Luminosa. Na sua plenitude, os alunos das escolas estaduais, com seus professores, faziam verdadeiras aulas de literatura a céu aberto, lendo, copiando trovas e pesquisando o movimento da trova brasileira com os poetas que por lá se reuniam. Diversos deles eram professores da rede estadual e hoje são patronos de unidades escolares. A trova ribeirãopretana era estampada todos os dias nos jornais O Diário,A Cidade, Diário da Manhã e Diário de Notícias, um dos mais lidos após a campanha de assinantes de porta em porta feito pela sua direção. Os poetas, não faziam os varais como nos anos sessenta, mas ofereciam volantes poéticos e vendiam de mão em mão seus livrotes. Com a reforma da praça XV, as trovas dos Jogos Florais de Ribeirão Preto, deixaram de ser expostas.... Entretanto o povo lembra do maior evento de difusão literária feito até hoje em público através da poesia dos trovadores. Nessa praça Luiz Otávio,Carlos Guimarães, Latour Aureira,Carolina Ramos,Izo Goldman,P.de Petrus,Durval Mendonça,Marina Tricânico plantaram suas trovas falando de personagens do folclore nacional. A promoção foi excelente e o prof. Antônio Palocci repetia:-“ -... Ribeirão Preto abre suas portas para a literatura nacional e nossos escritores ganham a sonhada nacionalização literária ”. Após os I Jogos Florais nasceram diversas entidades culturais e em todas há bons trovadores colaborando com a projeção sócio-cultural de nossa querida cidade. ( N M
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